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Estado de Minas CANNES

Justine Triet, a cineasta que ouve as mulheres


27/05/2023 20:07
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Em apenas quatro filmes e outros tantos retratos de mulheres, a cineasta Justine Triet escreveu seu nome no cinema franc�s. Neste s�bado, ela foi consagrada com a Palma de Ouro no Festival de Cannes, por "Anatomie d' une Chute".

Aos 44 anos, a francesa � a terceira diretora a ganhar o maior pr�mio da hist�ria do festival, com uma aut�psia s�bria de um casal disfuncional de escritores. O filme narra o julgamento de uma escritora alem� ap�s a morte suspeita de seu marido em seu chal� nos Alpes franceses.

Nascida em 17 de julho de 1978, em F�camp, Justine cresceu em Paris. "Minha m�e teve uma vida bastante complicada, trabalhando e criando tr�s filhos, dois dos quais n�o eram dela. Meu pai era muito ausente", contou � AFP.

Em 2007, a cineasta realizou seu primeiro document�rio, "Sur Place", sobre manifesta��es estudantis na Fran�a. Mas foi "A Batalha de Solferino" que causou sensa��o em Cannes em 2013, quando foi programado para uma sele��o paralela do festival.

Um ano depois, este filme, rodado no meio da multid�o no segundo turno das elei��es presidenciais francesas, foi indicado ao pr�mio C�sar em 2014, na categoria de melhor filme. Justine retrata com humor nesta obra a crise de um casal e, ao mesmo tempo, uma sociedade ansiosa e hist�rica.

Viciada em s�ries de TV, a cineasta teve sua reputa��o consolidada com o filme "Na Cama com Victoria" (2016), visto na Fran�a por cerca de 700 mil pessoas. Estrelado por Virginie Efira, o filme aborda, em meio a di�logos hil�rios, a desordem sentimental e desilus�o com o absurdo da exist�ncia.

Fiel a seus int�rpretes, Justine reencontra Virginie em 2019, em "Sibyl", onde a atriz interpreta uma romancista convertida em psicanalista. Tamb�m aparecem astros do cinema franc�s, como Ad�le Exarchopoulos, Gaspard Ulliel e Niels Schneider. O filme competiu na mostra oficial de Cannes.

Em Anatomie d'une Chute, Justine escreveu o roteiro com seu companheiro, o ator e diretor Arthur Harari, outra figura do cinema de autor.

Embora se diga "instintiva", o cinema de Justine, que n�o deixa nada para o acaso, � bastante reflexivo, "questionando muito as rela��es entre homens e mulheres, que est�o no centro das nossas vidas". O cinema tem que contribuir "para a revolu��o social feminista", afirmou a diretora.

"Por muito tempo, quando eu assistia a filmes, achava que eu era o menino. Eu me identificava com o papel masculino", por falta de pap�is femininos fortes. "Precisamos de hist�rias feitas por mulheres. Ainda estamos muito longe da igualdade", ressaltou a francesa.


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