"O lan�amento do novo foguete de transporte por sat�lite 'Chollima-1' caiu no Mar Ocidental (Amarelo) depois de perder o impulso devido ao arranque irregular do motor de dois est�gios", informou a ag�ncia de not�cias oficial KCNA.
Antes do an�ncio de Pyongyang, o Estado-Maior Conjunto da Coreia do Sul indicou que seus militares estavam analisando o ocorrido com o lan�amento, depois que o dispositivo desapareceu de seus radares.
"O proj�til (norte-coreano) desapareceu do radar antes de atingir o ponto de chegada pretendido", disse o Estado-Maior Conjunto � ag�ncia de not�cias sul-coreana Yonhap.
A Administra��o Nacional de Desenvolvimento Aeroespacial da Coreia do Norte atribuiu a falha no lan�amento � "baixa confiabilidade e estabilidade do novo sistema de motor aplicado ao Chollima-1 e � natureza inst�vel do combust�vel usado".
A entidade disse que investigaria completamente as "falhas graves" reveladas no lan�amento do sat�lite e tentaria novamente "assim que poss�vel".
- Lan�amento anunciado -
Os militares sul-coreanos disseram ter detectado e recuperado um peda�o suspeito do sat�lite em �guas 200 km a oeste da Ilha Eocheong.
Os Estados Unidos condenaram "fortemente" o lan�amento do sat�lite e advertiram que o ato "aumenta as tens�es" na regi�o, disse Adam Hodge, porta-voz do Conselho de Seguran�a Nacional.
Por sua vez, o Jap�o garantiu que "o lan�amento de um m�ssil bal�stico como este" viola as resolu��es do Conselho de Seguran�a da ONU.
A Coreia do Norte confirmou na ter�a-feira seus planos de lan�ar o que chamou de "sat�lite de reconhecimento militar n� 1" at� 11 de junho, e que o Jap�o foi avisado de seus planos.
Logo ap�s o lan�amento, a Coreia do Sul divulgou um alerta de texto dizendo: "Cidad�os, por favor, preparem-se para evacuar e permitam que crian�as e idosos sejam evacuados prioritariamente", enquanto sirenes tocavam no centro da capital, Seul.
Mas minutos depois, o Minist�rio do Interior sul-coreano reconheceu que o alerta havia sido "emitido incorretamente", sem maiores explica��es.
O Jap�o ativou brevemente seu alerta de m�sseis para a regi�o sul de Okinawa na manh� de quarta-feira e o suspendeu cerca de 30 minutos depois.
O "sat�lite de reconhecimento militar n�1" ser� "lan�ado em junho" para "enfrentar perigosas a��es militares dos Estados Unidos e seus vassalos", disse Ri Pyong Chol, vice-presidente da comiss�o militar central do partido governante da Coreia do Norte, citado pela KCNA.
Ele indicou que o sat�lite, juntamente com "v�rios meios de reconhecimento que devem ser testados, s�o indispens�veis para rastrear, monitorar (...) e lidar antecipadamente e em tempo real com os perigosos atos militares dos Estados Unidos e suas for�as vassalas."
Seu coment�rio foi uma refer�ncia aos exerc�cios militares conjuntos de Washington e Seul nas proximidades da pen�nsula coreana, que Pyongyang v� como ensaios para uma invas�o.
- "Kim manteve a palavra" -
Como foguetes de longo alcance e lan�adores espaciais compartilham a mesma tecnologia, os analistas acreditam que o desenvolvimento da capacidade de colocar um sat�lite em �rbita daria a Pyongyang a cobertura para testar m�sseis bal�sticos intercontinentais (ICBMs) proibidos.
"Kim manteve sua palavra e lan�ou o sat�lite espi�o hoje", disse Soo Kim, da LMI Consulting e ex-analista da CIA, � AFP, referindo-se ao l�der norte-coreano, Kim Jong Un.
"Sabemos que a determina��o de Kim n�o termina com esta atividade", disse o analista, acrescentando que o lan�amento pode ser um "prel�dio para novas provoca��es, incluindo o teste nuclear sobre o qual h� muito especulamos".
Ap�s o rompimento do di�logo com Washington sobre o programa nuclear norte-coreano em 2019, Pyongyang intensificou o desenvolvimento de seu programa nuclear, com uma s�rie de testes de armas, incluindo o lan�amento de v�rios ICBMs.
"Se a atual miss�o de sat�lite da Coreia do Norte foi bem-sucedida ou n�o, pode-se esperar que Pyongyang a use como propaganda pol�tica para suas capacidades espaciais, bem como ret�rica diplom�tica para causar uma divis�o entre Seul e T�quio", disse Leif-Eric Easley, professor da Universidade Ewha, de Seul.
Desde 1998, Pyongyang lan�ou cinco sat�lites, tr�s dos quais falharam imediatamente e dois parecem ter atingido a �rbita, embora seus sinais nunca tenham sido detectados independentemente, o que pode ser devido a um mau funcionamento.
SEUL