"Tivemos melhorias, sim, vimos uma recupera��o nas taxas de desnutri��o, que era uma das situa��es mais dr�sticas que encontramos. Mas ainda temos um grande numero de casos de mal�ria, 6.735 esse ano, com 8 �bitos. Ent�o esse � um ponto de preocupa��o", explicou em uma entrevista por telefone.
O estado de emerg�ncia sanit�ria foi declarado em 21 de janeiro, tr�s semanas depois da posse de Lula.
No processo, foi aberto uma investiga��o por "genoc�dio", ap�s a publica��o de dados oficiais que reportaram a morte, em 2022, de cem crian�as menores de cinco anos na maior reserva ind�gena do pa�s, onde vive 30.400 ind�genas, em Roraima.
As imagens de crian�as com corpos esquel�ticos comoveram o mundo inteiro.
Do tamanho de Portugal, o territ�rio dos yanomami se encontra em uma situa��o cr�tica h� anos, devido �s invas�es dos garimpeiros de ouro.
Os ind�genas os acusam de violar e assassinar membros de sua comunidade, enquanto os privam de um dos seus principais meios de subsist�ncia, a pesca, ao contaminar os rios com merc�rio.
O governo de Lula enviou o ex�rcito para expulsar os garimpeiros, em fevereiro, mas muitas minas ilegais seguem em funcionamento na reserva.
O hospital de campanha instalado, em janeiro, pela For�a A�rea, em Boa Vista, para refor�ar o atendimento aos povos origin�rios, segue funcionando.
Em abril, foi inaugurado um centro de sa�de na localidade de Sururucu, dentro da reserva. Segundo o Minist�rio da Sa�de, 91 crian�as desnutridas foram curadas ap�s serem atendidas ali.
"� um fator de preocupa��o, porque � importante ressaltar que essa emerg�ncia foi definida por uma situa��o de desassist�ncia, porque estava tendo uma falta de aten��o, para os cuidados b�sicos, a aten��o prim�ria de sa�de", disse Trindade.
Na semana passada, a ministra viajou para Genebra, onde a Organiza��o Mundial de Sa�de (OMS) apoiou uma resolu��o apresentada pelo Brasil que torna a sa�de dos povos ind�genas uma prioridade mundial.
"Essa resolu��o representa que ser� poss�vel, primeiro um reconhecimento, de que existe uma quest�o espec�fica dos povos ind�genas, que resolu��es gerais n�o d�o conta", assegurou.
"Em muitos pa�ses, como o Brasil, indicadores como mortalidade infantil, mortalidade materna, expectativa de vida, s�o dos mais baixos entre os ind�genas, em rela��o � popula��o como um todo", finalizou.
RIO DE JANEIRO