"Estamos falando de 927 v�timas que deram seus testemunhos", explicou na apresenta��o o sacerdote Jos� Gabriel Vera Beorlegui, diretor do escrit�rio de imprensa da Confer�ncia Episcopal Espanhola (CEE).
Esse n�mero est� distante das 1.957 v�timas registradas desde que o jornal espanhol El Pa�s iniciou uma investiga��o em 2018 e criou uma base de dados.
Foi o jornal que revelou, em 30 de abril, os abusos a menores perpetrados por jesu�tas espanh�is na Bol�via, provocando um esc�ndalo no pa�s sul-americano.
Em mar�o de 2022, a Igreja espanhola havia tomado os depoimentos de 506 pessoas, segundo comunicou � �poca.
Essas 927 v�timas acusaram 728 membros da Igreja, dos quais "a maioria s�o cl�rigos, s�o sacerdotes ordenados", especificou Vera Beorlegui, a respeito de um relat�rio intitulado "Para dar luz", que foi descrito como o primeiro realizado pela Igreja espanhola e tornado p�blico.
Dos agressores identificados, 64% morreram e 36% est�o vivos, prosseguiu o porta-voz.
Segundo um comunicado divulgado pela CEE, mais de 99% dos agressores eram homens, com predomin�ncia de meninos entre as v�timas, em 82,62% dos casos, sendo 17,38% de meninas.
Vera Beorlegui explicou que "199 depoimentos est�o sendo estudados nos gabinetes para poder finalizar com eles esse processo pastoral ou judicial que seja oportuno".
A d�cada em que mais casos foram registrados foi a de 1970, com 172, e os depoimentos mais antigos de abusos datam da d�cada de 1940.
"S�o os dois primeiros casos que existem, pessoas bem mais velhas que vieram fazer um relato de abusos cometidos contra elas", explicou Vera Beorlegui.
O relat�rio se chama "Para dar luz" porque, segundo o presidente da CEE, Francisco C�sar Garc�a Mag�n, "quer que seja uma declara��o de inten��es e um caminho a ser seguido".
Diferentemente de pa�ses como Alemanha, Austr�lia, Estados Unidos, Fran�a ou Irlanda, a Espanha n�o terminou nenhuma investiga��o de envergadura sobre esse tema. Atualmente, duas est�o em curso.
A Defensoria do Povo espanhola realiza a sua investiga��o a pedido do Parlamento, enquanto a Igreja encarregou a sua a um escrit�rio de advogados independentes.
MADRI