As imagens fazem parte de um document�rio que estreou no Brasil sobre a vida e o trabalho dos dois, e foram feitas poucas horas antes de eles serem assassinados a tiros, em 5 de junho de 2022.
O telefone foi recuperado em outubro e entregue aos investigadores por uma das patrulhas ind�genas que Bruno treinou para combater o garimpo ilegal e outras atividades na reserva protegida do Vale do Javari.
Os investigadores sustentam que Dom Phillips, de 57 anos, e Bruno Pereira, de 41, foram assassinados por um grupo de pescadores ilegais, possivelmente em resposta ao trabalho do indigenista contra crimes ambientais na regi�o.
O duplo assassinato teve repercuss�o internacional e exp�s a viol�ncia reinante na maior floresta tropical do mundo, onde a destrui��o ambiental avan�a sem tr�gua.
A patrulha da organiza��o de direitos ind�genas Univaja, que teve papel fundamental na descoberta dos corpos dos homens assassinados, continuou buscando pistas durante meses na regi�o.
O document�rio, produzido pelo servi�o de streaming Globoplay, mostra o grupo da Univaja fazendo buscas na lama com um detector de metais nos arredores de onde foram encontrados os corpos dos dois homens. Essa �rea tinha ficado debaixo d'�gua durante a esta��o das chuvas.
Assim, eles encontraram o computador e a credencial de imprensa de Phillips, e depois o telefone de Bruno, afundados na lama, objetos de grande valor para a investiga��o.
Os investigadores conseguiram recuperar as imagens e os dados do aparelho.
A �ltima foto, feita na manh� em que Dom e Bruno foram assassinados, mostra o jornalista sentado em um pequeno bote falando com um morador local perto da margem do rio Itaquai, uma das vias fluviais que serpenteiam pela regi�o.
Tamb�m encontraram v�deo de um dos tr�s suspeitos do duplo assassinato, o pescador local Amarildo 'Pelado' Costa de Oliveira, com quem a dupla cruzou quando viajava rio abaixo.
Membros da patrulha ind�gena disseram que Pelado tinha amea�ado os dois um dia antes do assassinato. Bruno Pereira j� havia sido alvo de diversas amea�as de morte por causa de seu trabalho.
Os l�deres da Univaja assinalaram que esperam que as imagens ajudem a fazer justi�a neste caso.
RIO DE JANEIRO