EUA considera inexata informa��o sobre projeto de base espi� chinesa em Cuba

A Casa Branca afirmou, nesta quinta-feira (8), que a informa��o publicada na imprensa sobre um suposto acordo entre Pequim e Havana para instalar uma base de espionagem chinesa em Cuba "n�o � exata".

"Vi esse artigo na imprensa. N�o � exato", declarou o porta-voz do Conselho de Seguran�a Nacional da Casa Branca, John Kirby, � emissora MSNBC.

Segundo o Wall Street Journal, que cita fontes an�nimas americanas, um acordo secreto prev� a instala��o de uma esta��o de escuta telef�nica na ilha caribenha, que fica a cerca de 200 km da costa da Fl�rida, onde h� importantes bases militares americanas.

A China, advers�rio dos Estados Unidos, pagar� a Cuba "bilh�es de d�lares" para construir esta instala��o, garantiu o jornal nesta quinta-feira.

"O que posso dizer � que esta administra��o est� preocupada desde o primeiro dia com as atividades de influ�ncia da China em todo o mundo, e obviamente neste hemisf�rio e nesta regi�o", declarou Kirby, ao acrescentar que o governo acompanha o caso "muito de perto".

O Pent�gono tamb�m reagiu.

"Segundo a informa��o que temos, isto n�o � exato. N�o estamos a par de que China e Cuba" estejam desenvolvendo algum "tipo de base de espionagem", reagiu, em sua coletiva de imprensa di�ria, o porta-voz do Pent�gono, general Pat Ryder, que assegurou que os Estados Unidos monitoram "permanentemente" as rela��es entre Pequim e Havana.

O presidente da China, Xi Jinping, lidera uma expans�o da presen�a militar chinesa em todo o mundo para competir com o Ex�rcito americano, presente em todos os continentes.

Mas a instala��o de uma base em Cuba, que fica muito perto da costa da Fl�rida, poderia ser interpretada por Washington como uma amea�a sem precedentes para seu territ�rio.

Durante a Guerra Fria, os sovi�ticos mantinham instala��es de espionagem eletr�nica na Cuba comunista. Entretanto, em 1962, os Estados Unidos detectaram a presen�a de plataformas de lan�amento de m�sseis.

Na �poca, o presidente John F. Kennedy decidiu impor um bloqueio mar�timo � ilha e, durante alguns dias, viveu-se a amea�a de um conflito nuclear aberto entre as duas superpot�ncias.

A URSS finalmente renunciou a seu projeto e os Estados Unidos retiraram seus m�sseis que estavam posicionados na Turquia.

Em janeiro e fevereiro de 2023, um bal�o chin�s que Washington classificou de espi�o sobrevoou o territ�rio americano antes de ser abatido por um ca�a, provocando um esfriamento das rela��es entre China e Estados Unidos.