(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas BOGOT�

Cinco destaques sobre a sobreviv�ncia espetacular de 4 crian�as na Amaz�nia colombiana


12/06/2023 19:18
436

A lideran�a da irm� mais velha, as provis�es encontradas no avi�o acidentado, as frutas colhidas na selva e o conhecimento ind�gena da floresta foram decisivos, segundo socorristas, para a sobreviv�ncia de quatro crian�as perdidas durante 40 dias na Amaz�nia colombiana.

Confira a seguir cinco t�picos que explicam o "milagre" dos irm�os Lesly (13 anos), Soleiny (9), Tien Noriel (5) e Cristin (1), que sobreviveram debaixo de uma chuva quase permanente e a outros perigos da floresta.

- A lideran�a protetora de Lesly -

O minist�rio colombiano da Defesa fez um reconhecimento especial ao papel da irm� mais velha: "temos que reconhec�-la n�o s� por sua coragem, mas por sua lideran�a. Foi gra�as a ela que os tr�s irm�ozinhos puderam sobreviver".

Segundo Henry Guerrero, socorrista da equipe de ind�genas que participou das buscas, Lesly teve um papel fundamental na prote��o dos irm�os.

"A mais velha foi muito inteligente, percebi quando revisamos o que tinha levado" na mala desde que deixaram o avi�o, explicou. A menina levou consigo farinha de mandioca, toalha, uma lanterna que ficou sem pilhas, dois celulares "com os quais acho que se distra�am � noite", uma caixinha de m�sica, uma garrafinha de refrigerante e roupas.

O desejo persistente de sobreviv�ncia foi um dos fatores principais mencionados pelos socorristas que encontraram os quatro irm�os.

- Frutas silvestres -

As crian�as sa�ram praticamente ilesas do avi�o monomotor que caiu em 1� de maio, quando viajavam com sua m�e, um l�der ind�gena e o piloto. Todos os adultos morreram.

A princ�pio, as crian�as ficaram perto dos destro�os da aeronave, comendo um pouco de farinha que havia a bordo, contou o general Pedro S�nchez, militar a cargo da opera��o de buscas.

Em seguida, "estes insumos foram acabando" e decidiram buscar um caminho para sair da floresta. Na travessia, alimentaram-se de "pupunha e manga silvestre (...) frutas pr�prias l� da floresta", acrescentou S�nchez, que chamou a sobreviv�ncia de um "milagre".

- Adapta��o ind�gena � floresta -

Os irm�os pertencem � etnia Huitoto, origin�ria da Amaz�nia. "S�o crian�as ind�genas e conhecem a floresta muito bem. Sabem o que comer e o que n�o comer. Conseguiram sobreviver gra�as a isso e � sua for�a espiritual", disse � AFP Luis Acosta, que participou das opera��es de buscas, representando a Organiza��o Nacional Ind�gena da Col�mbia (ONIC).

O general S�nchez explicou que a origem ind�gena facilitou sua adapta��o ao ambiente hostil da selva.

"Temos uma conex�o particular com a natureza", resumiu em declara��es � AFP Javier Betancourt, outro dirigente da ONIC. "O mundo precisa desta rela��o particular com a natureza, favorecer quem, como os ind�genas, vivem na floresta e cuidam dela".

- Barraca improvisada -

Quase 200 soldados e exploradores ind�genas, ajudados por c�es farejadores, seguiram a pista das crian�as em uma regi�o onde chove 16 horas por dia. Eles percorreram 2.656 km, um percurso equivalente � dist�ncia entre Caracas e Quito.

"Foi um am�lgama espetacular de conhecimento ind�gena e arte militar", elogiou o general S�nchez.

Por fim, os irm�os foram encontrados a apenas 5 km do avi�o e quando suas for�as come�avam a falhar:

"O primeiro que eles nos disseram � que tinham fome. Queriam comer arroz com leite, queriam comer p�o. Somente comer, comer", afirmou Guerrero.

Estavam "desnutridos" e "fracos". Por isso, estavam h� quatro dias no mesmo local, onde "tinham uma barraca improvisada de um mosquiteiro, e no ch�o, uma toalhinha". Tien Noriel "j� estava muito fraco, n�o conseguia mais andar", acrescentou.

- Garrafinha para a �gua -

Segundo Henry Guerrero, as crian�as se mantiveram sempre perto de algum curso d'�gua.

Uma garrafinha de refrigerante, oportunamente levada por Lesly na mala permitiu aos irm�os se abastecerem de �gua durante o per�odo em que ficaram perdidos. Nos �ltimos quatro dias, j� totalmente exaustos, ficaram no mesmo local onde foram encontrados em 9 de junho.

Em fotos publicadas por ve�culos locais aparentam estar muito magros e a mais velha tem um machucado na testa.

Encontram-se em "condi��es cl�nicas aceit�veis" e v�o receber "suporte tradicional e psicol�gico", informou � imprensa o general Carlos Rinc�n, m�dico do Hospital Militar Central de Bogot�, onde as crian�as se recuperam.

Ap�s dois dias de cuidados, "est�o muito bem de �nimo, estiveram desenhando, colorindo. Adoram conversar (....), t�m muito boa disposi��o" , disse nesta segunda Adriana Vel�squez, vice-diretora do estatal Instituto Colombiano de Bem-estar Familiar (ICBF), em v�deo enviado a ve�culos de comunica��o.

Mais cedo, a diretora do instituto, Astrid C�ceres, contou que as crian�as "est�o recuperando o sono", e que as duas mais velhas tiveram "picos de febre".


receba nossa newsletter

Comece o dia com as not�cias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, fa�a seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)