A entrada na fase de julgamento implica o encerramento do inqu�rito e foi pedida pelo promotor Carlos R�volo em 30 de maio. A defesa dos tr�s acusados n�o apresentou nenhuma obje��o a essa movimenta��o, assim a magistrada Mar�a Eugenia Capuchetti deu continuidade ao processo, segundo a resolu��o publicada pela imprensa argentina.
Em sua den�ncia, os representantes de Cristina exigiam que se investigasse a poss�vel presen�a de autores intelectuais e financiadores do ataque. Ainda assim, eles v�o participar como parte acusadora no julgamento, disse o advogado Jos� Manuel Ubeira.
"Levar o caso a julgamento por partes � uma pr�tica incorreta e prejudica a descoberta da verdade", advertiu Ubeira quando o promotor solicitou a conclus�o do inqu�rito.
O ataque ocorreu em 1� de setembro de 2022, em frente � resid�ncia de Cristina Kirchner, quando um dos detidos, Fernando Sabag Montiel, armado com uma pistola, misturou-se a um grupo de simpatizantes, aproximou-se da vice-presidente e apertou v�rias vezes o gatilho, mas a arma n�o disparou.
Naquele momento, um tribunal julgava a ex-presidente por um caso de corrup��o e depois a condenou a seis anos de pris�o e � inabilita��o pol�tica. Cristina recorreu da senten�a e atribuiu a mesma a uma persegui��o pol�tica. Depois disso, ela acabou desistindo de concorrer nas pr�ximas elei��es de outubro.
Sabag Montiel, de 35 anos, e sua namorada Brenda Uliarte, de 23, foram denunciados como coautores. Nicol�s Carrizo, de 27 anos, e que empregava o casal como vendedores ambulantes, foi acusado como "part�cipe necess�rio".
A caso foi classificado pelo promotor como "homic�dio duplamente qualificado por aleivosia e por coopera��o premeditada entre duas ou mais pessoas, agravado pelo uso de arma de fogo, em grau de tentativa".
Em sua decis�o, a ju�za lembrou que o promotor considerou que, do inqu�rito, "n�o surgiu qualquer v�nculo dos citados com qualquer grupo ou pessoa" que tivesse lhes oferecido assist�ncia para cometer o crime. O promotor tamb�m descartou a exist�ncia de elementos que comprovassem "a colabora��o de terceiros com dinheiro para o atentado".
Ao saber da decis�o da Justi�a, Cristina Kirchner ressaltou que "todo inqu�rito se caracterizou por evitar que se descubra a verdade. Est� repleto de testemunhas que apagaram [os dados de] seus telefones, provas que foram destru�das sem que suas causas e motiva��es fossem investigadas, e uma tentativa evidente e desesperada de evitar encontrar a poss�vel participa��o de terceiros, financiadores e instigadores".
BUENOS AIRES