Isto � o que se sabe, at� o momento, sobre a trag�dia.
- A opera��o de resgate -
A Guarda Costeira grega informou na quarta-feira que foi notificada na v�spera pelas autoridades italianas sobre "um barco com um grande n�mero de estrangeiros a bordo".
Ap�s o aviso, patrulheiros gregos foram mobilizados para encontrar a embarca��o.
"Um avi�o da Frontex foi o primeiro a localizar a embarca��o na ter�a-feira � tarde e, depois, dois navios que navegavam na �rea", segundo a Guarda Costeira.
Nawal Soufi, um volunt�rio que trabalha para a Alarm Phone, a linha telef�nica de ajuda para migrantes em perigo, indicou em sua p�gina no Facebook que recebeu uma liga��o de alerta de um barco com 750 pessoas a bordo que partiu da L�bia.
�s 22h40 GMT (19h40 em Bras�lia), o barco de pesca notifica uma falha no motor. O barco-patrulha que estava pr�ximo "imediatamente tentou se aproximar do pesqueiro para ver qual era o problema", afirmou a Guarda Costeira.
Apenas 24 minutos depois, o chefe do barco patrulha anunciou no r�dio que a embarca��o havia virado. Afundou em 15 minutos.
A pol�cia portu�ria resgatou dezenas de pessoas e encontrou pelo menos 78 mortos.
O porta-voz do governo grego, Ilias Siakantaris, disse na quinta-feira (15) que poderia "at� 750 pessoas poderiam estar no navio", segundo testemunhos que ainda n�o foram confirmados.
- Os migrantes recusaram ajuda? -
Segundo a Guarda Costeira grega, "n�o houve pedido de ajuda" por parte das pessoas a bordo do pesqueiro.
"Ap�s in�meras liga��es do centro de opera��es da Guarda Costeira grega para resgat�-los, a resposta do barco de pesca foi negativa", disse o comunicado.
"Das 9h30 �s 15h (hor�rio de Bras�lia), a sala de opera��es (...) entrou diversas vezes em contato com o barco de pesca. Eles constantemente repetiam que queriam navegar para a It�lia", acrescenta o documento.
Nesta sexta-feira, o porta-voz do governo grego, Ilias Siakantaris, explicou que "os agentes da Guarda Costeira se aproximaram do navio, jogaram uma corda para estabiliz�-lo, mas os migrantes recusaram ajuda".
"Diziam 'No help, Go Italy' ("Ajuda n�o, vamos para a It�lia", em ingl�s)", completou.
O porta-voz da pol�cia portu�ria grega, Nikolaos Alexiou, ressaltou, por sua vez, que n�o era poss�vel "rebocar um barco com tantas pessoas a bordo � for�a, eles precisavam cooperar".
"N�o houve nenhuma tentativa de rebocar o barco", disse ele.
- Quem falhou? -
Especialistas e ONGs responsabilizaram a Guarda Costeira grega, que deveria ter atuado de qualquer maneira.
"O argumento grego de que as pessoas n�o queriam ser resgatadas para poderem seguir para a It�lia n�o se sustenta", disse � AFP o enviado especial do Alto Comissariado das Na��es Unidas para Refugiados (Acnur), Vincent Cochetel.
"Cabia �s autoridades gregas realizar, ou pelo menos coordenar, uma opera��o de resgate, usando seus pr�prios navios de resgate, ou qualquer outro navio que estivesse na �rea, incluindo navios mercantes", insistiu.
Cochetel acredita que, de acordo com o Direito Mar�timo Internacional, "as autoridades gregas deveriam ter coordenado a opera��o de resgate antes, assim que a Frontex notificou o navio em perigo".
Nikos Spanos, especialista internacional em incidentes mar�timos, assegurou que "n�o se pergunta �s pessoas a bordo de um navio � deriva se querem ajuda (...) deveria ter acontecido uma ajuda imediata".
O presidente do partido grego de oposi��o de esquerda, Alexis Tsipras, declarou que alguns resgatados, com os quais conversou, relataram "pedidos de ajuda".
ATENAS