"Avan�aremos com a organiza��o de uma prim�ria autogerida", disse Jes�s Mar�a Casal, presidente da comiss�o encarregada de sua organiza��o, lendo um comunicado. "A vota��o ser� manual", ressaltou.
A comiss�o vinha negociando com o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) condi��es para a realiza��o das prim�rias em 22 de outubro, e esperavam uma resposta "favor�vel" esta semana, o que n�o aconteceu.
"Al�m disso, a ren�ncia de v�rios reitores do CNE e sua renova��o, tal como se esbo�a, complica ainda mais este cen�rio", afirmou Casal.
A autoridade eleitoral ser� renovada pelo Parlamento, depois da ren�ncia, na quinta-feira, da maior parte da governan�a atual, formada por tr�s reitores chavistas e dois opositores.
O presidente Pedro Calzadilla e o reitor Alexis Corredor, pr�ximos ao partido no poder, colocaram seus cargos � disposi��o ontem. E a terceira governista, Tania D'Amelio, deixou seu cargo em abril de 2022 para se tornar ju�za do Tribunal Supremo de Justi�a.
Os outros dois reitores, Roberto Pic�n e Enrique M�rquez, vinculados � oposi��o, n�o renunciaram, mas o presidente do Parlamento, Jorge Rodr�guez, prop�s eleger "cinco novos reitores titulares e dez suplentes".
As prim�rias sem o �rg�o eleitorais s�o poss�veis, mas "n�o � algo que caiu do c�u, sendo que a �nica maneira de conseguir � com o apoio decidido de todos os fatores pol�ticos envolvidos", enfatizou Casal.
Henrique Capriles, opositor que buscar� a Presid�ncia pela terceira vez, deu "todo seu respaldo" � vota��o manual.
"� a decis�o correta, n�o tinha outra alternativa", disse Capriles pelas redes sociais. "Maduro, em sua obsess�o por se manter no poder (...), desde o primeiro dia buscava implodir o processo das prim�rias", declarou.
A tamb�m aspirante opositora Mar�a Corina Machado, que pedia desde o in�cio uma vota��o manual, celebrou a decis�o.
CARACAS