"O governo do Mali pede a retirada imediata da Minusma", afirmou o ministro Abdoulaye Diop aos membros do Conselho, que devem se pronunciar em 29 de junho sobre a renova��o do mandato da miss�o, que expira no final do m�s.
"No entanto, o governo do Mali deseja cooperar com as Na��es Unidas nesse sentido", acrescentou Diop, ao mesmo tempo em que rejeitou qualquer possibilidade de modifica��o do mandato da miss�o, como proposto pelo secret�rio-geral da ONU, Ant�nio Guterres.
"A Minusma parece ter se tornado parte do problema ao alimentar tens�es exacerbadas nas comunidades com declara��es extremamente graves que prejudicam a paz, a reconcilia��o e a coes�o nacional no Mali", acrescentou o ministro.
Renovar ou n�o a miss�o "� uma decis�o que o Conselho de Seguran�a deve tomar", disse El Ghassim Wane, chefe da Minusma, que conta com mais de 12.000 militares e policiais.
Mas a miss�o de "manuten��o da paz baseia-se no princ�pio do consentimento do pa�s anfitri�o e sem essa permiss�o as opera��es s�o quase imposs�veis", disse ele � imprensa.
Guterres apresentou em janeiro tr�s op��es: um aumento no n�mero de efetivos, uma retirada total das tropas caso as condi��es-chave n�o fossem cumpridas - especialmente a livre circula��o dos Capacetes Azuis - e o avan�o de uma transi��o pol�tica.
No in�cio desta semana, ele finalmente recomendou ao Conselho uma solu��o intermedi�ria: uma "reconfigura��o" da miss�o, concentrando-a, com efetivos constantes, em um n�mero limitado de prioridades.
A reuni�o de sexta-feira mostrou mais uma vez as divis�es no interior do Conselho em rela��o ao futuro da Minusma, criada em 2013 para ajudar a estabilizar um Estado amea�ado de colapso sob press�o jihadista, a fim de proteger os civis, contribuir para a paz e defender os direitos humanos.
NA��ES UNIDAS