Ibama apreende mais de 28 toneladas de barbatanas de tubar�o destinadas � �sia

O Ibama apreendeu 28,7 toneladas de barbatanas de tubar�o com destino � �sia, onde s�o utilizadas para culin�ria, informou nesta ter�a-feira (30) a ag�ncia ambiental, que diz ser, possivelmente, a maior opera��o desse tipo no mundo.

O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama) estimou que cerca de 10 mil tubar�es azuis (Prionace glauca) e mako (Isurus oxyrinchus) foram mortos para completar o grande carregamento de ca�a ilegal.

"Trata-se, possivelmente, da maior apreens�o da hist�ria desse tipo de produto", afirmou o titular da Diretoria de Prote��o Ambiental, Jair Schmitt, em comunicado.

Quase todas as barbatanas (27,6 toneladas) foram confiscadas de uma empresa exportadora localizada em Santa Catarina, e o restante de outra empresa no Aeroporto Internacional de Guarulhos, em S�o Paulo.

Contudo, outras empresas tamb�m est�o sendo investigadas.

A pesca de tubar�o � proibida no Brasil, ent�o as embarca��es usaram licen�as de captura para outras esp�cies e ultrapassaram a carga em mais de 80%.

Eles esperavam uma grande recompensa se conseguissem exportar as barbatanas para o leste da �sia, onde s�o cobi�adas para sopas.

Na �sia, a sopa de barbatana � utilizada para retardar o envelhecimento, melhorar o apetite, ajudar na mem�ria e estimular o desejo sexual.

Um quilo de barbatanas de tubar�o pode custar at� US$ 1.000 (cerca de R$ 4.790, na cota��o atual) nos mercados do Leste Asi�tico, de acordo com a ONG Wildlife Conservation Society (WCS).

Este tr�fico ilegal, que tem seu centro em Hong Kong, movimenta cerca de US$ 500 milh�es (R$ 2,3 bilh�es) por ano.

O Ibama tamb�m acusou as empresas de provocarem a morte de milhares de aves marinhas durante suas miss�es de pesca, inclusive algumas amea�adas de extin��o.

A ca�a indiscriminada causou um "decl�nio dr�stico" nas popula��es de tubar�es em todo o mundo, alertou a ag�ncia ambiental. O Brasil incluiu, no final de maio, o tubar�o mako em sua lista de esp�cies amea�adas de extin��o.

Entretanto, ativistas ambientais e defensores dos direitos dos animais atingiram uma vit�ria em novembro, quando mais de 180 pa�ses aprovaram uma resolu��o para proteger os tubar�es - um duro golpe no lucrativo com�rcio de barbatanas.

O plen�rio da COP19 da Conven��o sobre o Com�rcio Internacional de Esp�cies Amea�adas de Fauna e Flora Selvagens (Cites) decidiu quase por unanimidade, com exce��o com o Jap�o, regulamentar o tr�fico de 54 esp�cies das fam�lias de tubar�es requiem (Carcharhinidae) e tubar�es martelo (Sphynidae), os mais traficados como ingrediente para sopa de barbatana.