Cerca de 200 a 300 civis israelenses entraram esta tarde na cidade de Turmus Ayya, onde incendiaram terrenos agr�colas, casas e dezenas de ve�culos, relataram � AFP moradores e o prefeito da cidade, Lafi Adib.
"Um m�rtir chegou ao Complexo M�dico Palestino vindo de Turmus Ayya depois de levar um tiro no peito", informou, em nota, o minist�rio da Sa�de palestino.
O ataque se soma aos �ltimos epis�dios de viol�ncia na regi�o.
O Ex�rcito israelense informou que um de seus drones eliminou uma "c�lula terrorista" com tr�s membros, que se deslocavam em um carro ap�s terem feito disparos perto de Jalamah, na Cisjord�nia ocupada.
Na ter�a-feira, quatro israelenses morreram perto da col�nia de Eli atingidos por disparos feitos por palestinos que, por sua vez, foram mortos pelo Ex�rcito.
Na v�spera, uma opera��o israelense deixou sete mortos em Jenin, tamb�m na Cisjord�nia.
- "Obedecer a lei" -
O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, declarou, nesta quarta-feira, em um v�deo, que n�o aceitaria "nenhum dist�rbio" na regi�o.
"H� dias em que devemos lembrar o que � evidente: o Estado de Israel � um Estado de direito (e) todos os seus cidad�os devem obedecer a lei", insistiu.
� noite, foi registrado outro ataque realizado por israelenses contra o povoado de Urif, de onde vieram os agressores da col�nia de Eli.
Abdelhakim Shehada, prefeito da cidade, contou que os moradores repeliram os israelenses com pedras.
"Agora, a situa��o est� tranquila e o ex�rcito israelense est� aqui", disse ele � AFP.
Em Turmus Ayya, 35 casas foram danificadas e cerca de 50 carros e terras de cultivo foram incendiadas, segundo o prefeito.
Jornalistas da AFP viram casas, edif�cios queimados e feridos sendo evacuados por ambul�ncias.
"Os colonos atiraram contra n�s e, quando a pol�cia e o Ex�rcito israelense chegaram, lan�aram balas de borracha e g�s lacrimog�neo", disse Awad Abu Samra, um morador.
Doze pessoas ficaram feridas, segundo o minist�rio palestino.
O Ex�rcito israelense informou que as for�as de seguran�a entraram na cidade para "acabar com as chamas, evitar confrontos e coletar evid�ncias" depois que "civis israelenses queimaram ve�culos e propriedades palestinas".
O epis�dio aconteceu ap�s o funeral de Nahman Mordof, de 17 anos, um dos quatro israelenses mortos na ter�a-feira perto da col�nia de Eli.
Um porta-voz do grupo palestino Hamas, Hazem Qassem, disse que o ataque foi uma "resposta aos crimes da ocupa��o (israelense)" em Jenin e no restante dos territ�rios palestinos.
Em resposta ao ataque, o governo israelense decidiu, nesta quarta, acelerar a expans�o do assentamento em Eli.
- Um caix�o carregado por estudantes -
A palestina Sadil Naghnaghiya, de 15 anos, ferida na segunda-feira durante a opera��o israelense em Jenin, morreu e foi enterrada nesta quarta.
Foram suas colegas de escola que, aos prantos, carregaram seu caix�o.
Outros seis palestinos, incluindo outro adolescente de 15 anos e um combatente da Jihad Isl�mica, morreram na mesma opera��o, segundo o Minist�rio da Sa�de.
Israel ocupa a Cisjord�nia desde a Guerra dos Seis Dias, em 1967. Excluindo o leste de Jerusal�m, tamb�m anexado, o territ�rio abriga agora cerca de 490.000 israelenses, que vivem em assentamentos considerados ilegais segundo o direito internacional.
- Mais repres�lias -
Ataques de colonos foram registrados ontem em v�rias localidades palestinas no norte da Cisjord�nia, inclusive em Huwara, Al-Lubban al-Sharqiya, perto de Eli, e Beit Furik.
Dezenas de pessoas ficaram feridas, segundo o Crescente Vermelho palestino.
O epis�dio desta quarta-feira em Turmus Ayya � similar � repres�lia lan�ada em fevereiro por colonos, ap�s outro ataque palestino contra israelenses na mesma regi�o.
Os Estados Unidos expressaram "profunda preocupa��o" com o aumento da viol�ncia na regi�o.
Israel costuma demolir as casas de palestinos acusados de ataques contra israelenses, alegando um suposto efeito dissuasivo para futuros ataques.
Desde o come�o do ano, 166 palestinos, 21 israelenses, um ucraniano e um italiano morreram no conflito israelense-palestino, de acordo com um balan�o feito pela AFP com base em fontes oficiais israelenses e palestinas.
TURMUS AYYA