"Manuel Araya foi fundamental, com seu testemunho e sua coragem, para que existissem os elementos que deram origem � den�ncia pela morte do poeta apresentada pelo partido juntamente com sua fam�lia", expressou hoje o Partido Comunista do Chile.
Considerado homem de confian�a de Neruda, Araya foi uma das primeiras vozes a questionar a vers�o oficial, de que o poeta chileno morreu, em 23 de setembro de 1973, de c�ncer de pr�stata. A tese apresentada por Araya em 2011, apoiada por um sobrinho de Neruda e pelo Partido Comunista, do qual o poeta era militante, � de que ele foi envenenado dias depois do golpe de Estado de 11 de setembro de 1973, por agentes da ditadura de Augusto Pinochet.
"Neruda era uma amea�a a Pinochet, que n�o tinha interesse em que ele deixasse o pa�s por nenhum motivo", disse Araya em fevereiro, insistindo na vers�o de assassinato.
At� o momento, a Justi�a n�o validou esta teoria. Um painel de especialistas entregou suas conclus�es � ju�za encarregada do caso, Paola Plaza. N�o existem provas cient�ficas para sustentar a tese de assassinato.
A bact�ria Clostridium botulinum "estava no corpo de Neruda no momento da sua morte, mas ainda n�o sabemos por qu�. Sabemos, apenas, que ela n�o deveria estar ali", disseram ent�o � AFP Hendrik e Debi Poinar, da Universidade canadense McMaster, membros do painel cient�fico.
SANTIAGO