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Estado de Minas CARTUM

Combates s�o retomados no Sud�o ap�s fim da tr�gua


21/06/2023 20:56
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A capital do Sud�o se viu novamente mergulhada em combates nesta quarta-feira, ap�s o fim do cessar-fogo de 72 horas, que foi violado, sem sinais de encerramento de um conflito que j� dura dois meses.

Os moradores da capital acordaram com o fogo de artilharia e o barulho dos combates, poucos minutos depois do fim da tr�gua, que come�ou no domingo, � 01h00 (hor�rio de Bras�lia), disseram � AFP.

Omdurman, um sub�rbio ao norte da capital, foi alvo de "bombardeios de artilharia e combates" e "avi�es de guerra" sobrevoaram outros bairros pr�ximos, acrescentaram.

O Ex�rcito, sob o comando do general Abdel Fattah al-Burhane, e os paramilitares das For�as de Apoio R�pido (FAR) do general Mohamed Hamdane Daglo, comprometeram-se a interromper todos os movimentos e ataques para permitir a passagem de ajuda humanit�ria nesse pa�s do leste da �frica, um dos mais pobres do mundo.

Na noite de ontem, �ltimo dia da tr�gua, ocorreu um grande inc�ndio na sede da Intelig�ncia de Cartum. As FAR "bombardearam o pr�dio", violando a tr�gua, disse � AFP uma fonte do Ex�rcito.

Um "drone do Ex�rcito bombardeou o pr�dio onde as tropas das FAR estavam reunidas, causando o inc�ndio e a destrui��o parcial da sede da Intelig�ncia", respondeu uma fonte das FAR.

O Comit� Internacional da Cruz Vermelha havia afirmado anteriormente que a tr�gua n�o foi respeitada, citando tiroteios que obrigaram o �rg�o a suspender uma transfer�ncia de soldados feridos.

Reunida em Genebra, a comunidade internacional prometeu na �ltima segunda-feira 1,5 bilh�o de d�lares em ajuda (7,1 bilh�es de reais), ou seja, metade das necessidades propostas pelas organiza��es humanit�rias. Segundo a ONU, 25 milh�es dos 48 milh�es de sudaneses n�o podem sobreviver sem ajuda humanit�ria.

- Crimes contra a humanidade -

As tr�guas anteriores foram violadas imediatamente ap�s sua entrada em vigor. Moradores relataram hoje "explos�es, fogo intenso e (bombardeios) em �reas residenciais" em Dilling, no Kordofan do Sul, 500 km ao sul de Cartum.

Darfur, uma regi�o vasta do oeste do Sud�o que faz fronteira com o Chade, sofreu a viol�ncia mais grave desde o in�cio do conflito.

De acordo com as Na��es Unidas, em El Geneina, capital do estado de Darfur Ocidental, 1.100 pessoas morreram. As ruas est�o repletas de corpos cobertos com roupas sob o sol escaldante e muitas lojas foram saqueadas.

Em grava��o on-line ontem, o general Daglo denunciou "um conflito tribal" em El Geneina, alegando ter ordenado seus homens a "n�o intervir", e acusou o Ex�rcito de "criar sedi��o ao distribuir armas" aos civis.

Os habitantes fugiam em longas colunas em dire��o ao Chade, sob o fogo cruzado dos beligerantes, mas tamb�m de combatentes tribais e civis armados.

Desde sexta-feira, "15 mil sudaneses, incluindo quase 900 feridos" fugiram para Adr�, no Chade, a cerca de 30 quil�metros de El Geneina, segundo a ONG M�dicos Sem Fronteiras (MSF).

No total, "550.000 pessoas fugiram para os pa�ses vizinhos", segundo a Organiza��o Internacional para as Migra��es (OIM), e mais de "dois milh�es" de sudaneses est�o deslocados dentro do seu pr�prio pa�s, afirmou o alto comiss�rio das Na��es Unidas para os refugiados, Filippo Grandi.

Em Darfur, "o conflito agora tem uma dimens�o �tnica", alertaram a ONU, a Uni�o Africana e o bloco do leste da �frica, Igad. A viol�ncia ali cometida pode constituir "crimes contra a humanidade", afirmaram.

O diretor da Organiza��o Mundial da Sa�de, Tedros Ghebreyesus, confirmou hoje "46 ataques contra estabelecimentos de sa�de desde o in�cio dos combates". Ele observou que dois ter�os das instala��es de sa�de em �reas afetadas pela guerra est�o "fora de servi�o", e advertiu que "o risco de epidemias aumentar�" com a esta��o chuvosa, que come�a neste m�s.


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