A grande opera��o de busca do submers�vel Titan, desaparecido no domingo com cinco pessoas a bordo quando seguia para a �rea dos destro�os do Titanic, no Atl�ntico Norte, entra nesta quinta-feira (22) em uma fase cr�tica porque as reservas de oxig�nio podem acabar em algumas horas.
A Guarda Costeira dos Estados Unidos mant�m o "otimismo", mas a situa��o � considerada cada vez mais complicada para os passageiros do pequeno submers�vel de �guas profundas da empresa privada OceanGate Expeditions, com oxig�nio de emerg�ncia para 96 horas.
O an�ncio na quarta-feira da detec��o de ru�dos subaqu�ticos por avi�es P-3 canadenses na �rea de busca aumentou as esperan�as e orientou a equipe internacional de resgate mar�timo enviada ao local.
"N�o sabemos o que s�o os ru�dos", afirmou o porta-voz da Guarda Costeira americana, o capit�o Jamie Frederick.
A comunica��o com o pequeno submers�vel Titan foi perdida no domingo, quase duas horas depois de o equipamento iniciar a descida em dire��o ao que restou do famoso transatl�ntico Titanic, a quase 4.000 metros de profundidade e a cerca de 600 quil�metros de Terra Nova, no Atl�ntico Norte.
Viajam no submers�vel o bilion�rio e aviador brit�nico Hamish Harding, presidente da empresa de jatos particulares Action Aviation; o empres�rio paquistan�s Shahzada Dawood, vice-presidente do conglomerado Engro, e seu filho Suleman; o mergulhador franc�s Paul-Henri Nargeolet, e Stockton Rush, CEO da OceanGate Expeditions, a companhia que opera o Titan, que cobra US$ 250.000 (aproximadamente R$ 1,2 milh�o) por turista.
- Recursos importantes -
Cinco barcos, aos quais outros cinco deveriam unir-se nesta quinta-feira, equipados com sonares e tecnologia de ponta, est�o varrendo uma �rea de 20.000 km², aproximadamente o tamanho do estado de Sergipe, e a uma profundidade de quase quatro quil�metros, enquanto avi�es sobrevoam o local em busca de qualquer sinal do submers�vel.
O Pent�gono anunciou o envio de um terceiro avi�o C-130 e de outros tr�s C-17, enquanto um rob� submarino, enviado pelo Instituto Oceanogr�fico franc�s, ser� incorporado �s buscas nas pr�ximas horas.
A Marinha Real do Canad� enviou um navio com c�mara hiperb�rica a bordo e especialistas com assist�ncia m�dica, que se une a outra embarca��o de servi�o da Guarda Costeira equipado com instrumentos de sonar avan�ados.
A Horizon Maritime, empresa propriet�ria do Polar Prince, o barco que lan�ou o submers�vel, tamb�m est� enviando outra embarca��o com uma equipe de buscas em �guas profundas.
O local da busca "torna a mobiliza��o r�pida de grandes quantidades de equipamento algo excepcionalmente dif�cil", explicou o capit�o Frederick.
- Perigo da expedi��o -
Nos �ltimos dias foi revelado um relat�rio sobre as falhas de seguran�a na embarca��o.
David Lochridge, ex-diretor de opera��es mar�timas da OceanGate Expeditions, a empresa fabricante, demitido por questionar a seguran�a do Titan, mencionou em uma a��o judicial que o submers�vel � resultado de um "projeto experimental e n�o testado".
De acordo com Lochridge, uma parte do submers�vel foi concebida para resistir � press�o a 1.300 metros de profundidade, e n�o a 4.000 metros.
Todos estavam cientes dos perigos da expedi��o, afirmou � BBC Mike Reiss, roteirista de televis�o americano que visitou os destro�os do Titanic no mesmo submers�vel no ano passado.
"Voc� assina um documento antes de embarcar, e na primeira p�gina a morte � mencionada tr�s vezes", contou, ao lembrar que, durante a imers�o em �guas t�o profundas, "a b�ssola parou de funcionar imediatamente e come�ou a girar", fazendo com que eles tivessem que se mover �s cegas na escurid�o do oceano para buscar o transatl�ntico, que afundou em 2012, em sua viagem inaugural entre a cidade inglesa de Southampton e Nova York.
Das 2.224 pessoas a bordo do Titanic, cerca de 1.500 morreram em um dos naufr�gios mais famosos da hist�ria.
Desde que os destro�os foram descobertos em 1985, a �rea tem sido visitada por ca�adores de tesouros e turistas �vidos por fortes emo��es.
Alistair Greig, professor de engenharia mar�tima na University College London, sugeriu duas hip�teses sobre o que poderia ter acontecido com o Titan.
A primeira estaria relacionada a um problema el�trico ou de comunica��o, o que n�o impediria o submers�vel de voltar � superf�cie. Outro cen�rio envolveria danos ao casco de press�o, o que dissiparia as esperan�as de encontrar os passageiros com vida.
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