Em conversas � margem de uma c�pula internacional em Paris de busca de financiamento para a transi��o clim�tica em pa�ses vulner�veis, os credores da Z�mbia, em particular a China, aceitaram reestruturar 6,3 bilh�es de d�lares (R$ 30,1 bilh�es, na cota��o atual), passados mais de dois anos da declara��o de inadimpl�ncia.
"Mal posso esperar para codificar o caso da Z�mbia e us�-lo como modelo para outros pa�ses", disse a diretora da institui��o monet�ria com sede em Washington, ao fim do encontro internacional promovido pelo presidente franc�s, Emmanuel Macron.
"Agora temos um m�todo", seguiu Georgieva, em um momento em que fornecedores de empr�stimos ocidentais e outros parceiros como a China, reunidos em um "marco comum" sob a �gide do G20, negociam com Gana e Eti�pia.
O an�ncio da reestrutura��o da d�vida zambiana � simb�lica, j� que foi, em 2020, o primeiro pa�s africano a declarar morat�ria de pagamentos devido � pandemia de covid-19 e tinha a China como seu principal credor.
As negocia��es foram prolongadas devido �s diferen�as entre Pequim e os credores ocidentais.
- "Mais f�cil" com Chade -
Esta reestrutura��o da d�vida da Z�mbia se refere aos empr�stimos bilaterais, consentidos pelos Estados. Trata-se de 6,3 bilh�es de d�lares, sendo 4,1 bilh�es (R$ 19,6 bilh�es) da China, que "dificultou" a negocia��o, segundo uma fonte governamental francesa.
"Foi um pouco mais f�cil no caso do Chade", primeiro pa�s que obteve a reestrutura��o, em novembro do ano passado, reconheceu Georgieva.
Para ela, � poss�vel extrair v�rias li��es da experi�ncia com a Z�mbia: "para que os credores possam avan�ar em suas discuss�es", o FMI facilita o acesso a certas informa��es que antes eram reservadas.
"Agora fornecemos orienta��o a nossas equipes sobre como podem compartilhar informa��es preliminares com os credores sem violar a pol�tica do FMI" de confidencialidade sobre a sustentabilidade da d�vida de pa�ses fr�geis.
Outra li��o �, segundo a diretora, a necessidade de adaptar os programas de reestrutura��o em fun��o da evolu��o econ�mica dos pa�ses endividados. "Se algu�m se sair muito bem, haver� algum ajuste no acordo de reestrutura��o da d�vida", explicou.
A terceira forma em que o caso zambiano � �til � porque serve para "investigar se � ou n�o apropriado incluir a d�vida local na reestrutura��o", uma quest�o de m�xima relev�ncia, apontou Georgieva.
"Agora temos um regulamento baseado" no processo de negocia��o da Z�mbia, disse. "Esses s�o os passos que devemos seguir."
PARIS