(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas PARIS

Fran�a se prepara para mais dist�rbios ap�s morte de jovem baleado por policial


29/06/2023 10:36
436

A Fran�a mobilizou nesta quinta-feira (29) 40.000 policiais e gendarmes para tentar impedir uma terceira noite de dist�rbios ap�s a morte de um adolescente baleado pela pol�cia em um sub�rbio de Paris, um ato que j� provocou ataques contra delegacias, escolas e prefeituras em todo o pa�s.

"Devemos evitar uma escalada. H� um drama, a justi�a faz o seu trabalho", declarou a primeira-ministra francesa, �lisabeth Borne, em Garges-l�s-Gonesse (ao norte de Paris), onde a sede da prefeitura foi incendiada durante a noite.

Na ter�a-feira (27), um policial matou com um tiro o jovem Nahel, de 17 anos, quando ele se negou a obedecer as ordens de dois agentes durante uma opera��o de controle de tr�nsito em Nanterre, uma localidade ao oeste de Paris.

O Minist�rio P�blico afirmou nesta quinta-feira que as condi��es legais para o uso da arma "n�o se apresentaram" e pediu a pris�o preventiva por homic�dio volunt�rio do policial de 38 anos suspeito de ter atirado contra o jovem. O agente deve comparecer a uma audi�ncia com dois ju�zes de instru��o.

A trag�dia provocou um grande movimento de indigna��o, do presidente Emmanuel Macron ao astro do futebol franc�s Kylian Mbapp�, e a retomada do debate recorrente sobre a viol�ncia policial no pa�s. Treze pessoas morreram em circunst�ncias similares em 2022.

"Justi�a por Nahel" e "Nunca mais", gritaram nesta quinta-feira as centenas de pessoas que participaram de uma passeata em Nanterre convocada pela m�e da v�tima.

A tens�o � grande nos sub�rbios de Paris e os dist�rbios se propagaram por toda a Fran�a. O ministro do Interior, G�rald Darmanin, anunciou a mobiliza��o de 40.000 policiais e gendarmes nesta quinta-feira, incluindo 5.000 na capital do pa�s.

Na quarta-feira, al�m de carros - 66 apenas em Estrasburgo (nordeste) -, os manifestantes tamb�m incendiaram escolas em v�rias cidades como Tourcoing (norte), v�rias delegacias e inclusive sedes de prefeituras, como a de Garges-l�s-Gonesse, ao norte de Paris.

"As �ltimas horas foram marcadas por cenas de viol�ncia contra uma delegacia, mas tamb�m contra escolas, prefeituras e, portanto, contra as institui��es da Rep�blica (...) S�o injustific�veis", disse Macron no in�cio de uma reuni�o de crise.

O balan�o da segunda noite de dist�rbios foi de 180 detidos e 170 agentes das for�as de seguran�a feridos, de acordo com as autoridades, que enfrentam uma nova onda de protestos violentos este ano, depois das manifesta��es vinculadas � impopular reforma da Previd�ncia.

- Estado de emerg�ncia como em 2005? -

A trag�dia provoca a recorda��o dos dist�rbios de 2005 nos sub�rbios das grandes cidades, depois que dois adolescentes morreram eletrocutados quando fugiam da pol�cia em Clichy-sous-Bois, ao noroeste de Paris.

Um v�deo publicado nas redes sociais, cuja autenticidade foi comprovada pela AFP, mostra o momento em que um agente aponta uma arma para o motorista e atira � queima-roupa quando ele acelera com o ve�culo. Na grava��o � poss�vel ouvir a frase: "Voc� vai levar um tiro na cabe�a", mas n�o fica claro quem a pronuncia.

A fuga do jovem, que tinha ficha na pol�cia por atos similares, terminou poucos metros � frente, quando o carro bateu contra um poste. A v�tima morreu pouco depois de ser atingida por um tiro no t�rax.

"Estamos cansados deste tratamento. Isto � por Nahel, n�s somos Nahel", gritaram os jovens, que enfrentaram a pol�cia em alguns momentos durante a noite no sub�rbio nordeste de Paris.

Em 2005, o governo do ent�o presidente conservador Jacques Chirac decretou estado de emerg�ncia, pela primeira vez na Fran�a metropolitana desde o fim da guerra de independ�ncia da Arg�lia. Os dois policiais acusados foram absolvidos em 2015.

O l�der da direita �ric Ciotti e a extrema direita pediram o acionamento imediato do estado de emerg�ncia, mas fontes do governo destacaram que a medida n�o � considerada no momento e que nenhum comandante policial solicitou a iniciativa durante a reuni�o de crise.

O governo enfrenta uma situa��o delicada, em particular porque as cr�ticas da v�spera geraram desconforto entre os sindicatos de policiais. Agora, o Executivo tenta combinar firmeza diante dos dist�rbios com um apaziguamento para evitar que o aumento da tens�o.


receba nossa newsletter

Comece o dia com as not�cias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, fa�a seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)