(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas BRUXELAS

UE encerra c�pula sem acordo sobre quest�o migrat�ria


30/06/2023 13:01
436

Os l�deres dos 27 pa�ses da Uni�o Europeia (UE) encerraram, nesta sexta-feira (30), uma c�pula de dois dias em Bruxelas sem conseguirem superar as divis�es e o bloqueio imposto por Hungria e Pol�nia a um entendimento sobre a delicada quest�o migrat�ria.

Devido a essa diverg�ncia aparentemente insuper�vel, as Conclus�es da C�pula n�o fazem men��o � discuss�o do assunto. Em vez disso, o presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, emitiu uma nota em seu nome detalhando as posi��es apresentadas.

O ponto de disc�rdia � o acordo alcan�ado em junho pelos ministros do Interior dos pa�ses da UE para reformar o sistema de recep��o de migrantes e de concess�o de asilo, um acordo que foi alcan�ado por maioria qualificada e n�o por unanimidade.

Na reuni�o dos l�deres na quinta-feira, Hungria e Pol�nia argumentaram que essa op��o era inaceit�vel e que bloqueariam qualquer texto das Conclus�es da C�pula, a menos que a demanda por unanimidade fosse considerada.

Este acordo, que ainda precisa ser negociado com o Parlamento Europeu e os Estados do bloco, determina que os membros devem acolher um determinado n�mero de solicitantes de asilo que cheguem aos pa�ses com maior press�o migrat�ria, ou conceder uma contribui��o financeira de 20.000 euros (21.700 d�lares, 105.414 reais na cota��o atual) por cada refugiado n�o acolhido.

- A "m�e" das discrep�ncias -

Para o chefe de governo da Espanha, Pedro S�nchez, a maior dificuldade � encontrar um equil�brio entre responsabilidade e solidariedade entre os pa�ses do bloco, os dois pilares centrais na quest�o migrat�ria.

"Acho que esta � a m�e de todas as discrep�ncias. E tamb�m, obviamente, que quest�es t�o relevantes n�o s�o decididas por unanimidade; isso levou ao bloqueio", disse o presidente espanhol no encerramento da reuni�o.

Entretanto, o primeiro-ministro de Portugal, Ant�nio Costa, lamentou n�o ter sido poss�vel chegar a um entendimento para as Conclus�es, "j� que Hungria e Pol�nia rejeitaram todas as solu��es de compromisso".

O primeiro-ministro da Pol�nia, Mateusz Morawiecki, disse � imprensa que o seu pa�s pede que a inexist�ncia de "realoca��es obrigat�rias e o princ�pio da liberdade de decis�o sobre o poss�vel acolhimento de migrantes" sejam inclu�dos nas Conclus�es.

"Como n�o houve acordo [para adicionar essa no��o na declara��o final], tamb�m n�o houve acordo nas Conclus�es", disse ele.

Na quinta-feira, os l�deres rapidamente encontraram um terreno comum ao discutir a situa��o na Ucr�nia, mas essa concord�ncia desapareceu assim que come�aram a discutir a quest�o da migra��o, o que levou h�ngaros e poloneses a impor seu bloqueio.

- "Oportunidade" de di�logo com Celac -

A declara��o aprovada menciona em um par�grafo que os l�deres europeus discutiram a pr�xima c�pula da UE e dos pa�ses da Am�rica Latina e Caribe, reunidos na Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac), marcada para os dias 17 e 18 de julho em Bruxelas, embora a formula��o adotada n�o deixe muito espa�o para otimismo.

Essa c�pula "ser� uma oportunidade para renovar e fortalecer uma parceria baseada em valores, hist�ria e cultura compartilhados, e acordar uma agenda positiva e voltada para o futuro", afirma o documento.

A ideia de adotar um di�logo bilateral regular e institucionalmente estruturado com a Am�rica Latina e o Caribe "garantir� o acompanhamento e a implementa��o de a��es concretas em �reas de interesse comum, incluindo com�rcio e investimento".

Por sua vez, S�nchez (cujo pa�s assumir� no s�bado a presid�ncia rotativa semestral da UE) defendeu que � hora de um "salto" na rela��o do bloco europeu com os pa�ses latino-americanos e caribenhos.

A �ltima c�pula entre l�deres dos dois lados do Atl�ntico ocorreu em 2015 e desde ent�o a UE se concentrou em quest�es urgentes, como o Brexit, a crise migrat�ria, a pandemia do coronav�rus e, mais recentemente, a guerra na Ucr�nia.

Al�m das intensas negocia��es, o presidente da Fran�a, Emmanuel Macron, deixou a c�pula pouco antes do meio-dia desta sexta-feira para viajar com urg�ncia e liderar uma reuni�o de crise sobre os dist�rbios que abalam seu pa�s.


receba nossa newsletter

Comece o dia com as not�cias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, fa�a seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)