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Estado de Minas NANTERRE

Jovem Nahel � enterrado em uma Fran�a abalada por protestos


01/07/2023 15:23
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A pol�cia efetuou mais de 1.300 deten��es na quarta noite de dist�rbios na Fran�a pela morte de Nahel, um adolescente de 17 anos baleado pela pol�cia, cujo funeral foi realizado neste s�bado (1�).

O ministro franc�s do Interior, G�rald Darmanin, informou que a viol�ncia foi "de uma intensidade muito menor" do que nas noites anteriores, mas houve 1.311 pessoas presas em todo o pa�s.

O n�mero de detidos registrado neste s�bado � o maior desde que os tumultos come�aram na ter�a-feira, ap�s a morte de Nahel. Ele foi baleado � queima-roupa por um policial durante um controle de tr�nsito em uma periferia de Paris.

O funeral aconteceu neste s�bado em Nanterre, munic�pio a noroeste de Paris onde ele morava. A pedido da fam�lia, n�o houve presen�a de c�meras.

Uma grande multid�o se reuniu na mesquita da localidade e, depois, seguiu para o cemit�rio de Mont-Val�rien para o enterro, acompanharam rep�rteres da AFP.

"Que ele descanse em paz, que a justi�a seja feita. Eu vim para apoiar a m�e. Ela n�o tinha ningu�m al�m dele, coitada", disse � AFP uma mulher que n�o quis se identificar, ao deixar o enterro.

A morte de Nahel M. deu origem a quatro noites de tumultos em toda a Fran�a. Segundo as autoridades, na madrugada de s�bado, 1.350 ve�culos foram incendiados ou danificados, assim como 1.234 edif�cios, al�m da ocorr�ncia de 2.560 inc�ndios na via p�blica.

O Minist�rio do Interior tamb�m afirmou que 79 policiais e gendarmes ficaram feridos.

O assassinato do rapaz, cuja fam�lia � origin�ria da Arg�lia, tamb�m agitou o debate sobre a viol�ncia policial na Fran�a. Em 2022, 13 pessoas morreram em circunst�ncias parecidas no pa�s, epis�dios que geraram cr�ticas �s autoridades, percebidas como racistas por parte da popula��o.

Nem os 45.000 agentes e os ve�culos blindados mobilizados em todo o pa�s conseguiram deter os atos de revolta em cidades como Marselha (sul), ou Lyon e Grenoble, ambas no centro-leste, onde grupos de pessoas - em muitos casos encapuzados - saquearam lojas. Ainda assim, foram dist�rbios menos intensos do que nos dias anteriores.

Em Paris e seus sub�rbios, apesar da chuva, tamb�m houve dist�rbios nesta madrugada. Nessa �rea, houve 406 deten��es, disse � AFP uma fonte policial.

As autoridades impuseram toque de recolher em pelo menos tr�s cidades na regi�o da capital francesa e em v�rias outras em todo o pa�s.

Na manh� de hoje, comerciantes de v�rias cidades, como Lyon, faziam um balan�o dos danos.

"Na segunda-feira ligo para [a imobili�ria] Omnium e ponho tudo � venda, j� chega", disse o dono de uma loja, situada em uma rua de pedestres repleta de entulhos, no centro da cidade.

"Tem que ir embora, n�o h� mais nada a fazer", afirmou o gerente de um pequeno hotel pr�ximo.

- Mudan�a de agenda -

Os dist�rbios levantaram preocupa��o em outros pa�ses, j� que a Fran�a sediar� a Copa do Mundo de R�gbi no pr�ximo outono (primavera no Brasil) e os Jogos Ol�mpicos no ver�o de 2024 (inverno no Brasil). V�rios pa�ses europeus, como Reino Unido, Alemanha e Noruega, alertaram seus cidad�os na Fran�a para evitar zonas de tumulto e refor�ar a cautela.

Tamb�m afetaram a agenda diplom�tica, levando o presidente Emmanuel Macron a adiar uma visita � Alemanha para uma c�pula entre as duas principais pot�ncias da Uni�o Europeia (UE).

"O presidente franc�s [...] falou hoje por telefone com o presidente alem�o [Frank-Walter] Steinmeier e o informou sobre a situa��o em seu pa�s", disse a Presid�ncia alem� no comunicado, acrescentando que "o presidente Macron pediu para adiar sua visita de Estado � Alemanha".

O Executivo franc�s organizou uma nova reuni�o da c�lula de crise neste s�bado, e a primeira-ministra Elisabeth Borne pediu aos ministros que permane�am em Paris no fim de semana.

Mounia, a m�e da v�tima, disse ao canal France 5 que n�o culpa a pol�cia, mas apenas o policial que tirou a vida de seu filho.

A Justi�a decretou pris�o preventiva por homic�dio doloso para o agente de 38 anos, autor do disparo. Segundo seu advogado, pediu "perd�o � fam�lia" de Nahel.

Em uma tentativa de apaziguar a situa��o, a sele��o francesa de futebol, liderada por Kylian Mbapp�, afirmou em um comunicado que "o tempo da viol�ncia tem de parar" e dar lugar a "maneiras pac�ficas e construtivas de se expressar".

"Desde este tr�gico evento, assistimos � express�o de uma raiva popular que compreendemos, na ess�ncia, mas que n�o podemos aceitar na forma", escreveram os jogadores.


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