J� a Ucr�nia denunciou v�rios bombardeios russos, incluindo um na prov�ncia (oblast) de Kharkiv, no nordeste do pa�s, que deixou 38 feridos, entre eles, 12 crian�as.
O ataque de drones na R�ssia foi direcionado contra diversos pontos da regi�o de Moscou e arredores, e � o �ltimo de uma s�rie de ataques recentes com esses aparatos - incluindo contra o Kremlin e cidades russas perto da fronteira com a Ucr�nia - que Moscou atribuiu a Kiev.
De acordo com o Minist�rio da Defesa russo, quatro drones foram destru�dos pela defesa antia�rea perto da capital e o quinto foi neutralizado por "recursos de guerra eletr�nica" antes de cair na regi�o de Moscou.
O ataque n�o provocou v�timas ou danos, segundo o minist�rio.
"Todos os ataques foram impedidos pela defesa antia�rea, todos os drones detectados foram neutralizados", celebrou no Telegram o prefeito de Moscou, Sergei Sobyanin.
A a��o perturbou durante tr�s horas as opera��es no aeroporto de Vnukovo, um dos tr�s grandes terminais internacionais de Moscou.
Um dos drones foi neutralizado perto de Kubinka, a 40 quil�metros do aeroporto.
"Esses ataques n�o seriam poss�veis sem a ajuda proporcionada ao regime de Kiev pelos Estados Unidos e seus aliados da Otan", indicou o Minist�rio das Rela��es Exteriores da R�ssia.
Segundo o minist�rio russo, os pa�ses ocidentais "formam operadores de drones e fornecem a intelig�ncia necess�ria para cometer tais crimes".
Depois do ataque, a porta-voz da diplomacia russa, Maria Zakharova, denunciou no Telegram um "ato terrorista" de Kiev.
- Zaporizhzhia amea�ada? -
Na Ucr�nia, a central nuclear de Zaporizhzhia (sul), a maior da Europa e que est� sob controle dos russos desde mar�o de 2022, foi objeto, nesta ter�a-feira, de acusa��es cruzadas de Kiev e Moscou.
O presidente ucraniano, Volodimir Zelensky, disse que advertiu seu par franc�s Emmanuel Macron, por telefone, de que os russos "preparavam provoca��es perigosas" na central.
"Acordamos controlar ao m�ximo a situa��o com a Ag�ncia Internacional de Energia At�mica [AIEA]", acrescentou.
Anteriormente, o Ex�rcito ucraniano afirmou que foram "colocados objetos similares a artefatos explosivos no teto exterior dos reatores 3 e 4".
"Sua detona��o n�o deveria danificar os geradores, mas gerar a impress�o de bombardeios do lado ucraniano", acrescentou, advertindo que Moscou "desinformar� sobre esse tema".
Por outro lado, um conselheiro da gigante de energia nuclear russa Rosatom, Renat Karchaa, acusou Kiev de preparar um "ataque" contra a central.
"Hoje, recebemos uma informa��o que estou autorizado a revelar. Em 5 de julho, durante a noite, em plena escurid�o, o Ex�rcito ucraniano tentar� atacar a central nuclear de Zaporizhzhia", declarou Karchaa na televis�o russa.
Segundo ele, Kiev prev� usar "armas de precis�o de longo alcance" e drones.
- Crian�as feridas -
No terreno, os ataques continuam.
Duas pessoas morreram no oblast de Kherson (sul) por bombardeios russos, anunciou o titular da administra��o militar desta prov�ncia, Oleksandr Prokudin, no Telegram.
No oblast de Kharkiv, um bombardeio russo com um m�ssil Iskander deixou ao menos 38 feridos, incluindo 12 crian�as, segundo a Promotoria ucraniana. Um beb� de tr�s meses foi atendido por m�dicos no local do ataque.
Al�m disso, o balan�o do ataque com drones russos na segunda-feira contra um edif�cio residencial em Sumy (nordeste) subiu para tr�s mortos e 21 feridos.
Na frente de batalha, os combates prosseguem quase um m�s ap�s o in�cio da contraofensiva de Kiev para tentar recuperar os territ�rios ocupados pela R�ssia e que, at� o momento, registra apenas avan�os moderados.
- Acordo de exporta��o de gr�os em risco -
No campo diplom�tico, o presidente russo, Vladimir Putin, participou de uma reuni�o de c�pula virtual da Organiza��o para Coopera��o de Xangai, da qual seu pa�s participa ao lado de China, �ndia, Paquist�o e quatro ex-rep�blicas sovi�ticas da �sia Central (Cazaquist�o, Quirguist�o, Tadjiquist�o e Uzbequist�o).
Putin assegurou que seu pa�s "seguir� resistindo" a "press�es externas" e �s "san��es" impostas pelos pa�ses ocidentais desde o in�cio da invas�o da Ucr�nia, em fevereiro de 2022.
Por outro lado, o Minist�rio das Rela��es Exteriores russo indicou que n�o v� "nenhuma raz�o" para prorrogar o acordo para a exporta��es de gr�os da Ucr�nia, que expira em 17 de julho.
H� meses Moscou se queixa que seu setor agr�cola, um dos mais produtivos do mundo, est� afetado pelas san��es ocidentais, que "bloqueiam as exporta��es agr�colas russas".
"Nestas condi��es, � �bvio que n�o h� raz�o para continuar [o acordo]", afirmou a pasta.
MOSCOU