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Estado de Minas WAD MADANI

Funcion�rios p�blicos do Sud�o passam fome por impacto econ�mico da guerra


11/07/2023 10:07
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Ap�s 32 anos trabalhando como professor em uma escola p�blica no Sud�o, Imad Mohammed viu suas economias se esva�rem com a guerra entre dois generais rivais em seu pa�s.

"Agora s� comemos uma vez por dia e n�o sabemos quanto tempo isso vai durar", contou Mohammed, que tem uma fam�lia de cinco pessoas para sustentar.

Assim como outros funcion�rios p�blicos, o professor do Estado de Al Jazirah est� sem receber desde que o ex�rcito sudan�s e as For�as de Apoio R�pido (FAR) paramilitares entraram em guerra em 15 de abril.

Na ocasi�o, os bancos fecharam as portas em Cartum e ag�ncias em todo o pa�s enfrentaram dificuldades de continuar operando sem ter contato direto com suas sedes na capital. Desde ent�o, os �nicos funcion�rios p�blicos que t�m recebido pagamento s�o os militares.

Atualmente, cerca de um milh�o de trabalhadores devem sobreviver com suas economias ou redes de assist�ncia social.

"O que os professores e suas fam�lias est�o passando, tanto no setor p�blico como no privado, � catastr�fico", disse Ammar Youssef, presidente do Comit� de Professores do Sud�o.

A guerra no Sud�o j� deixou aproximadamente 3.000 mortos e tr�s milh�es de deslocados. Mais de um milh�o e meio de habitantes deixaram a capital sudanesa utilizando suas economias para escapar dos bombardeios a�reos, tiros de artilharia e conflitos nas ruas que transformaram Cartum em uma zona de guerra.

- Greves -

A situa��o n�o foi a mesma para quem n�o reunia condi��es financeiras suficientes para deixar os locais de confrontos. Somado a isto, a alta no pre�o do combust�vel, que multiplicou por 20, impossibilitou as poucas chances que restavam.

"Eles n�o s� t�m dificuldade de alimentar suas fam�lias uma vez por dia, mas tamb�m n�o podem lev�-los para um local seguro, fora das zonas de combate", explica Youssef.

"A educa��o p�blica emprega mais de 300.000 pessoas que n�o ganhavam o suficiente antes da guerra", diz ele, acrescentando que desde o in�cio do conflito, tem sido imposs�vel contatar o Minist�rio da Educa��o.

"Quem n�o morreu de bala, vai morrer de fome", acrescentou.

Muitos sindicatos do pa�s anunciaram que poderiam convocar greves, o que deve intensificar ainda mais a tens�o no local.

Uma coaliz�o de representantes de m�dicos, engenheiros, professores e jornalistas anunciou que tomar� "medidas de agravamento se os sal�rios n�o forem pagos".

Com o aumento do pre�o dos alimentos, servi�os b�sicos cada vez mais escassos e sal�rios congelados, mais da metade do pa�s, de 48 milh�es de habitantes, depende de ajuda humanit�ria, de acordo com a ONU.

Em Darfur (oeste), uma das �reas mais afetadas pelos combates, a ONG Human Rights Watch denunciou supostos "crimes de guerra" e pediu ao Tribunal Penal Internacional (TPI) que investigue o caso.

De acordo com a organiza��o, dezenas de pessoas foram mortas ou feridas enquanto "milhares" de soldados das FAR e de tribos �rabes atacaram a cidade de Misterei, em Darfur, a qual foi "quase completamente incendiada".


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