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Estado de Minas BRUXELAS

UE tenta se reaproximar da Celac com plano de investimentos


17/07/2023 11:30
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A Uni�o Europeia (UE) anunciou um plano de investimentos para retomar os la�os com a Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac) no marco da reuni�o c�pula de dois dias que come�a nesta segunda-feira (17) em Bruxelas, com diverg�ncias em temas como a guerra na Ucr�nia.

A �ltima reuni�o de c�pula entre os blocos aconteceu em 2015 e agora as duas partes correm contra o rel�gio para obter resultados, mas a diversidade de posturas entre os 33 pa�ses da Celac dificulta o consenso com a UE.

Os governantes pretendem discutir temas como as rela��es comerciais, incluindo as negocia��es com o Mercosul, uma reforma na composi��o do sistema financeiro internacional, as mudan�as clim�ticas e as transi��es energ�tica e digital.

Al�m disso, os negociadores europeus pretendem fazer uma men��o � guerra na Ucr�nia.

A presidente da Comiss�o Europeia, Ursula von der Leyen, anunciou nesta segunda um investimento de 50,56 bilh�es de d�lares (242,44 bilh�es de reais) em v�rios anos para as economias das Am�rica Latina mediante o programa Global Gateway, em resposta aos maci�os investimentos da China.

Von der Leyen se reuniu durante a manh� com o presidente Luiz In�cio Lula da Silva.

O Brasil, garantiu Lula, "vai cumprir com sua parte na quest�o clim�tica. Temos um compromisso de desmatamento zero at� 2030 na Amaz�nia".

Von der Leyen celebrou "o retorno do Brasil ao cen�rio internacional".

"Enfrentamos o desafio geracional da mudan�a clim�tica. Por isto, precisamos que nossos amigos pr�ximos estejam do nosso lado em tempos de incerteza", afirmou.

A quest�o dos compromissos contra o desmatamento e os temas ambientais viraram obst�culos nas demoradas negocia��es sobre um acordo comercial entre UE e Mercosul (Argentina, Brasil, Uruguai e Paraguai).

Diplomatas de ambos os blocos expressaram que a reuni�o desta segunda se tornar� um f�rum de discuss�o. Um alto diplomata espanhol disse que ser� "uma c�pula pol�tica, n�o uma c�pula de negocia��es".

- Diverg�ncias sobre a Ucr�nia -

Em um f�rum empresarial, Lula afirmou que "guerra no cora��o da Europa lan�a sobre o mundo o manto da incerteza".

Esta situa��o "canaliza para fins b�licos recursos at� ent�o essenciais para a economia e programas sociais. A corrida armamentista dificulta ainda mais o enfrentamento da mudan�a do clima", afirmou.

O texto das conclus�es da c�pula tem sido objeto de disc�rdias desde o in�cio das conversas. A principal � a sugest�o dos europeus de mencionar a guerra da Ucr�nia no documento, uma delicada quest�o na qual os dois blocos n�o t�m posi��es totalmente alinhadas.

O presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, afirmou nesta segunda que trata-se de um encontro entre a UE e Am�rica Latina, mas o que o bloco dos 27 explica de forma sistem�tica em suas negocia��es com seus aliados do mundo porque apoia a Ucr�nia.

"E porque encorajamos os pa�ses do mundo a apoiar a soberania territorial da Ucr�nia", disse.

- Reuni�o sobre a Venezuela -

Os presidentes da Argentina, Alberto Fern�ndez, do Brasil, Col�mbia, Gustavo Petro, e da Fran�a, Emmanuel Macron, se reunir�o nesta segunda �s 18h locais (13h em Bras�lia) com os negociadores do processo pol�tico da Venezuela.

Esta reuni�o ser� celebrada ap�s, na semana passada, o presidente do Parlamento venezuelano, Jorge Rodr�guez, descartar que a Uni�o Europeia (UE) enviasse uma miss�o eleitoral para as pr�ximas presidenciais de 2024.

Na c�pula, a Venezuela estar� representada pela vice-presidente, Delcy Rodr�guez, apesar de estar sancionada pela UE, o que implica a proibi��o de entrada no territ�rio do bloco.

Uma fonte diplom�tica que pediu anonimato assegurou � AFP que a autoriza��o de entrada de Rodr�guez no espa�o europeu "� v�lido para a dura��o da c�pula".

Segundo essa fonte, "essas permiss�es est�o previstas na pr�pria regulamenta��o das san��es".

O encontro de c�pula foi estimulado em grande parte pela Espanha, com o apoio de Portugal. Madri assumiu em 1� de julho a presid�ncia semestral rotativa do Conselho da UE. O Executivo espanhol trabalhou durante pelo menos um ano para concretizar a reuni�o, que espera transformar em um dos legados de seu mandato � frente do bloco europeu.

A UE espera dotar essa rela��o com uma estrutura permanente, mas a Celac n�o possuir o n�vel de institucionaliza��o da UE, e por isso, esta ideia ainda exige muitas horas de negocia��es.


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