Os resultados confirmaram a capacidade do donanemab de frear o progresso da doen�a nos pacientes, sobretudo quando tomado nas fases iniciais.
Mas alguns especialistas est�o receosos por seus benef�cios seguirem sendo "modestos" e terem efeitos colaterais potencialmente perigosos.
Em maio, a Administra��o de Alimenta��o e Medicamentos dos Estados Unidos (FDA, na sigla em ingl�s) aprovou um tratamento similar para o mal de Alzheimer, o Leqembi (lecanemab), fabricado pela Eisai e Biogen.
A Eli Lilly disse que espera que as autoridades sanit�rias americanas se pronunciem "at� o final do ano" e que est� apresentando solicita��es em outros pa�ses.
O donanemab, assim como o lecanemab, � admistrado por via intravenosa e ataca as placas do c�rebro dos pacientes afetados, conhecidas como placas amiloides.
O ensaio cl�nico do tratamento da Eli Lilly foi realizado em oito pa�ses com mais de 1.700 pessoas de entre 60 e 85 anos que ainda n�o haviam alcan�ado uma fase avan�ada da doen�a.
Os resultados foram publicados na revista cient�fica Jama nesta segunda.
Em um subgrupo de aproximadamente 1.200 pessoas cujos c�rebros mostravam n�veis baixos da prot�ina Tau - que indica uma fase ainda mais inicial da doen�a -, o tratamento reduziu a deteriora��o cognitiva e funcional (capacidade para realizar atividades cotidianas) em aproximadamente 35% em 18 meses.
Mas o tratamento pode ter efeitos colaterais graves, como edemas e hemorragias cerebrais.
Tr�s mortes de participantes no ensaio cl�nico est�o provavelmente relacionadas ao tratamento, informa o estudo.
"Os benf�cios modestos provavelmente n�o seriam questionados por pacientes, m�dicos e contribuintes" se esses tratamentos fossem "de baixo risco, baratos e simples de administrar", afirmaram v�rios especialistas em artigo tamb�m publicado na Jama. "Mas nenhuma das tr�s coisas est� demonstrada."
Recolher mais dados, inclusive para al�m dos 18 meses, ser� crucial para melhor compreender o equil�brio entre os benef�cios e os riscos desses f�rmacos, destacaram.
Tamb�m criticaram a baixa propor��o de pessoas n�o brancas inclu�das no ensaio, apesar de serem as mais afetadas pela doen�a.
Esses f�rmacos de "primeira gera��o n�o s�o perfeitos", resumiu Susan Kohlhaas, da organiza��o Alzheimer's Research UK. "Mas s�o um grande passo na dire��o correta."
"Representam um grande avan�o que pavimentar� o caminho para muitos tratamentos futuros", concordou Giles Hardingham, professor de farmacologia da Universidade de Edimburgo.
WASHINGTON