Tribunal de Londres retoma batalha judicial entre o rei em�rito Juan Carlos e sua ex-amante

A batalha judicial entre Juan Carlos de Borb�n e sua ex-amante, a dinamarquesa Corinna zu Sayn-Wittgenstein-Sayn, que exige dele cerca de 165 milh�es de d�lares (796 milh�es de reais na cota��o atual) por t�-la assediado durante anos, foi retomada nesta ter�a-feira (8) em um tribunal brit�nico, encarregado de resolver quest�es preliminares.

Denunciando amea�as, invas�es, persegui��o, hackeamento e difama��o, a empres�ria de 58 anos - divorciada de um pr�ncipe alem�o e tamb�m conhecida por seu sobrenome de solteira Larsen - entrou com uma a��o civil em 2020 em Londres, onde residia.

Adam Wolanski, o novo advogado do rei em�rito de Espanha - que mudou a equipe de defesa duas vezes neste caso - disse nesta ter�a-feira que a dinamarquesa pede 126 milh�es de libras (cerca de 165 milh�es de d�lares, 796 milh�es de reais) por danos psicol�gicos.

No in�cio da audi�ncia diante da ju�za londrina Rowena Collins Rice, Wolanski adiantou que vai impugnar o caso por considerar que "n�o tem chances de avan�ar", que os tribunais ingleses n�o s�o competentes para julgar atos denunciados em lugares como M�naco e Su��a e que Larsen alterou sua den�ncia cometendo erros formais.

Ela afirma que o ex-monarca, agora com 85 anos, com quem teve uma rela��o extraconjugal entre 2004 e 2009, a assediou desde 2012 na tentativa de recuperar "presentes" que incluem 65 milh�es de euros (73 milh�es de d�lares, 352,5 milh�es de reais na cota��o atual).

Juan Carlos nega "enfaticamente" as acusa��es, segundo Wolanski, mas seus sucessivos advogados tentam h� dois anos impedir que o m�rito do caso seja julgado.

Eles argumentam que, como chefe de Estado e membro da Casa Real, Juan Carlos n�o poderia ser julgado na Inglaterra, o que tr�s ju�zes de um Tribunal de Apela��o brit�nico acabaram aceitando em dezembro do ano passado, embora apenas at� sua abdica��o em junho de 2014.

Os advogados de Larsen garantem, no entanto, que o suposto ass�dio foi maior a partir dessa data em que, privado de seu cargo, Juan Carlos teria tentado de todas as formas recuperar o dinheiro.

Larsen garante que Juan Carlos tentou reatar o relacionamento e, quando ela o rejeitou, o ex-soberano adotou um "padr�o de conduta equivalente a ass�dio".

"Ele exigiu a devolu��o dos presentes", "fez amea�as" e "realizou ou organizou uma s�rie de atos de vigil�ncia encoberta e aberta", segundo a den�ncia, que menciona a participa��o de membros dos servi�os secretos espanh�is, incluindo seu ent�o diretor, o general F�lix Sanz Rold�n.

Wolanski contou com esse fato, nesta ter�a-feira, para alegar que, desde 2012, Larsen atribuiu "a campanha de ass�dio" a Sanz Rold�n e a "fac��es da Casa Real", n�o a Juan Carlos.

As audi�ncias com a ju�za Collins Rice continuar�o at� sexta-feira e � poss�vel que ela anuncie uma decis�o somente depois das f�rias de ver�o.