(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas LONDRES

Tribunal de Londres retoma batalha judicial entre o rei em�rito Juan Carlos e sua ex-amante


18/07/2023 14:04
436

A batalha judicial entre Juan Carlos de Borb�n e sua ex-amante, a dinamarquesa Corinna zu Sayn-Wittgenstein-Sayn, que exige dele cerca de 165 milh�es de d�lares (796 milh�es de reais na cota��o atual) por t�-la "assediado" durante anos, foi retomada nesta ter�a-feira (8) em um tribunal brit�nico, encarregado de resolver quest�es preliminares.

Denunciando amea�as, invas�es, persegui��o, hackeamento e difama��o, a empres�ria de 58 anos - divorciada de um pr�ncipe alem�o e tamb�m conhecida por seu sobrenome de solteira Larsen - entrou com uma a��o civil em outubro de 2020 em Londres, onde residia.

Adam Wolanski, o novo advogado do rei em�rito da Espanha, disse nesta ter�a-feira que a dinamarquesa pede 126 milh�es de libras (cerca de 165 milh�es de d�lares, 796 milh�es de reais) por danos psicol�gicos.

Em audi�ncia preliminar diante da ju�za londrina Rowena Collins Rice, Wolanski argumentou que o caso n�o pode ir a julgamento por falta de jurisdi��o e falhas de forma e procedimento.

Assegurou que, segundo a demandante, ela sofreu "perdas de neg�cios devido ao dano feito � sua reputa��o". Mas alegou que a lei brit�nica de prote��o contra o ass�dio de 1997 (PHA) exclui o "dano reputacional".

Afirmou tamb�m que os tribunais ingleses n�o s�o competentes pata julgar atos em locais como M�naco e Su��a: "a conduta de ass�dio no exterior cometida por uma pessoa que n�o tenha nacionalidade brit�nica nem resida habitualmente na Inglaterra e no Pa�s de Gales n�o est� compreendida na (...) PHA.

Denunciou tamb�m que Larsen modificou seu processo at� 11 vezes.

- Imunidade e prescri��o -

A dinamarquesa afirma que o ex-monarca, agora com 85 anos, com quem teve uma rela��o extraconjugal entre 2004 e 2009, a assediou desde 2012 na tentativa de recuperar "presentes" que incluem 65 milh�es de euros (73 milh�es de d�lares, 352,5 milh�es de reais na cota��o atual).

Entre outros ataques, denunciou "entradas ilegais" em suas resid�ncias, "a perfura��o de um buraco na janela de seu quarto enquanto dormia", em 21 de junho de 2017, e tiros em suas c�meras de seguran�a, em 14 de abril de 2020.

Juan Carlos nega "enfaticamente" as acusa��es, mas seus advogados tentam h� dois anos impedir que o m�rito do caso seja julgado.

Eles argumentam que, como chefe de Estado e membro da Casa Real, Juan Carlos tinha imunidade na Inglaterra, o que o Tribunal de Apela��o brit�nico acabou aceitando em dezembro do ano passado, embora apenas at� sua abdica��o em 18 de junho de 2014.

Os advogados de Larsen garantem, no entanto, que o suposto ass�dio foi maior a partir dessa data.

Mas Wolanski argumentou, nesta ter�a, que a regra de prescri��o limitaria o eventual julgamento a atos conhecidos a partir de seis anos antes da apresenta��o do processo, ou seja, 16 de outubro de 2014.

- Amea�as, ass�dio, invas�es -

Nomeado chefe de Estado, em 1975, ap�s a morte do ditador Francisco Franco, Juan Carlos I foi respeitado durante d�cadas por permitir o retorno da democracia � Espanha.

Mas a multiplica��o de esc�ndalos a partir de 2012, incluindo a rela��o com Larsen, conhecida em consequ�ncia de uma viagem para Botswana para ca�ar elefantes, mancharam sua imagem.

Em junho de 2014, acabou renunciando a favor de seu filho, Felipe VI, que desde ent�o se distanciou do pai.

Revela��es posteriores de Larsen sobre supostas malversa��es levaram o rei em�rito a se exilar, em agosto de 2020, nos Emirados �rabes Unidos.

Em mar�o de 2022, o Minist�rio P�blico espanhol arquivou as investiga��es sobre a origem pouco clara de sua fortuna.

Em dezembro de 2021, Justi�a su��a encerrou uma investiga��o sobre seus bens, incluindo 100 milh�es de d�lares pagos pela Ar�bia Saudita � Funda��o Lucum, vinculada ao ex-rei, de onde saiu o "presente" monet�rio a Larsen.

A partir de 2012, Juan Carlos "exigiu a devolu��o dos presentes", foi "amea�ador" e organizou uma "vigil�ncia encoberta e aberta", com a participa��o dos servi�os secretos espanh�is, incluindo seu ent�o diretor, o general F�lix Sanz Rold�n, denunciou a ex-amante.

Wolanski contou com esse fato, nesta ter�a-feira, para alegar que, em 2012, Larsen atribuiu "a campanha de ass�dio" a Sanz Rold�n e a "fac��es da Casa Real", n�o a Juan Carlos.

Logo depois, seu colega Alexander Thompson argumentou que "os atos de �rg�os do Estado" gozam de "imunidade".

Larsen enviou cartas ao pr�prio Felipe VI, e sua esposa Letizia, amea�ando divulgar informa��es perigosas contra a monarquia, assegurou Wolanski. Mas nunca escreveu para notificar sobre seu processo, destacou.

As audi�ncias preliminares continuar�o at� sexta-feira. Nas quarta-feira, Jornathan Caplan, advogado da dinamarquesa, iniciar� seus argumentos.


receba nossa newsletter

Comece o dia com as not�cias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, fa�a seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)