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Estado de Minas BAGD�

Tens�o diplom�tica entre Iraque e Su�cia cresce ap�s nova manifesta��o contra Alcor�o


20/07/2023 17:07
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O Iraque expulsou a embaixadora sueca, nesta quinta-feira (20), depois que um homem pisoteou uma c�pia do Alcor�o em Estocolmo, em uma manifesta��o autorizada pelo governo escandinavo, que provocou um inc�ndio em sua embaixada em Bagd�.

Salwan Momika, um refugiado iraquiano de 37 anos que vive na Su�cia, pisou no livro sagrado do Isl� durante o protesto desta quinta-feira, mas se absteve de queim�-lo, como fez em frente � maior mesquita de Estocolmo em 28 de junho, segundo um jornalista da AFP.

Em resposta � autoriza��o concedida pelo pa�s escandinavo, o primeiro-ministro iraquiano, Mohamed Shia al-Sudani, "ordenou � embaixadora sueca em Bagd� que deixe o territ�rio", segundo um comunicado de seu gabinete.

As autoridades tamb�m decidiram suspender a licen�a de opera��o da gigante sueca das telecomunica��es Ericsson, segundo um comunicado divulgado pela ag�ncia de not�cias estatal INA.

A decis�o da pol�cia, na quarta-feira, de autorizar a manifesta��o em Estocolmo gerou tens�es diplom�ticas entre os dois pa�ses e provocou o inc�ndio da embaixada sueca em Bagd�, a��o organizada por seguidores do influente l�der religioso Moqtada Sadr.

Os �nimos permaneceram tensos no centro da capital iraquiana, onde cerca de 200 manifestantes denunciaram a profana��o do livro.

"Sim, sim ao Alcor�o", entoavam, erguendo o texto sagrado ao lado de bandeiras iraquianas. Alguns deles queimaram bandeiras suecas, de acordo com um fot�grafo da AFP.

"� uma grande agress�o contra dois bilh�es de mu�ulmanos", disse Amjad al-Maliki, um homem de 46 anos.

- Direito de protestar -

O governo iraquiano condenou o ataque � embaixada, mas tamb�m emitiu um alerta a Estocolmo caso permitisse o prosseguimento do protesto, amea�ando "romper" as rela��es diplom�ticas.

A pol�cia sueca decidiu autorizar o protesto por cumprir a legisla��o sobre os direitos de liberdade de reuni�o e express�o.

"A Constitui��o estabelece que muitas raz�es s�o necess�rias para negar a uma pessoa uma permiss�o para uma assembleia p�blica", disse Ola Osterling, da pol�cia de Estocolmo.

Embora ainda n�o se saiba a magnitude dos danos ao edif�cio incendiado, o Minist�rio de Rela��es Exteriores da Su�cia informou que seus funcion�rios estavam "seguros".

Ap�s o incidente, houve confrontos com a pol�cia, que usou canh�es de �gua para dispersar os manifestantes, que, por sua vez, atiraram pedras contra as for�as de seguran�a.

O ministro das Rela��es Exteriores da Su�cia, Tobias Billstr�m, convocou posteriormente o encarregado de neg�cios iraquiano no pa�s escandinavo.

"O que ocorreu � totalmente inaceit�vel e o governo condena esses ataques da maneira mais forte poss�vel", disse ele em um comunicado.

Billstr�m lembrou que as autoridades iraquianas t�m a obriga��o de proteger as miss�es diplom�ticas de acordo com a Conven��o de Viena.

- "Inaceit�vel" -

"� inaceit�vel que as for�as de seguran�a iraquianas n�o tenham agido para impedir que os manifestantes invadissem o complexo da embaixada sueca pela segunda vez e o danificassem", disse o porta-voz do Departamento de Estado americano, Matthew Miller.

A unidade diplom�tica j� havia sido atacada em junho, quando Salwan Momika queimou p�ginas do Alcor�o em outra manifesta��o.

Entretanto, naquela ocasi�o os seguidores de Moqtada Sadr sa�ram correndo do local.

Cerca de 20 manifestantes foram detidos nesta quinta-feira, segundo uma fonte de seguran�a, e os servi�os do primeiro-ministro informaram que foi decidido lev�-los "� Justi�a".

Sudani condenou "nos termos mais fortes" os acontecimentos ocorridos na embaixada sueca.

Esta � uma "falha de seguran�a grave que requer a��o imediata", disse o governo iraquiano em um comunicado.

O Iraque tamb�m apontou que "reafirma seu compromisso de garantir a seguran�a e a prote��o de todas as miss�es diplom�ticas e promete lidar com quaisquer ataques direcionados contra elas".

O gesto de Momika, que participou das massivas manifesta��es contra a corrup��o no Iraque em 2009, j� havia causado uma onda de cr�ticas internacionais e desconforto na comunidade mu�ulmana.

As redes sociais do homem revelam que ele teve uma carreira pol�tica err�tica em seu pa�s de origem, incluindo v�nculos com uma fac��o armada crist� durante a luta contra o Estado Isl�mico.

Suas redes sociais tamb�m mostram sua participa��o na cria��o de um obscuro partido pol�tico s�rio, rivalidades com paramilitares crist�os influentes e uma breve pris�o.

N�o � a primeira vez que livros sagrados s�o queimados na Su�cia e em outros pa�ses europeus, algumas vezes sob a iniciativa de movimentos de extrema direita.


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