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Estado de Minas PARIS

ONU afirma que julho ser� o m�s mais quente j� registrado


27/07/2023 14:38
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Ap�s tr�s semanas de ondas de calor em v�rias partes do mundo, a Organiza��o Meteorol�gica Mundial (OMM) das Na��es Unidas e o observat�rio europeu Copernicus acreditam ter dados suficientes para anunciar que julho ser� "certamente o m�s mais quente j� registrado".

Se confirmado, o recorde deste m�s quebrar� o anterior, estabelecido em julho de 2019. Este calor � provavelmente "sem precedentes" em milhares de anos, disseram ambas as institui��es.

"Os extremos clim�ticos sofridos por milh�es de pessoas em julho nada mais s�o do que a dura realidade da mudan�a clim�tica e uma pr�via do que o futuro nos reserva", disse o secret�rio-geral da OMM, Petteri Taalas, nesta quinta-feira (27).

Os efeitos do aquecimento devido � atividade humana foram concretos nas �ltimas semanas: inc�ndios na Gr�cia e no Canad�, temperaturas extremas no sul da Europa, norte da �frica, Estados Unidos e parte da China, que tamb�m acaba de sofrer os estragos do tuf�o Doksuri.

Embora outras regi�es tenham um ver�o muito ameno e at� fresco, como acontece hoje no norte da Europa, os cientistas afirmam: "� extremamente prov�vel" que este seja "o m�s de julho mais quente j� registado" e mesmo "o m�s mais quente de todos", anunciaram a OMM e a Copernicus.

As tr�s primeiras semanas de julho j� s�o as tr�s mais quentes j� registradas. A anomalia de temperatura constatada por Copernicus, cujos dados completos remontam a 1940, � tamanha que n�o � preciso esperar o final do m�s para confirmar o recorde.

Al�m das medi��es modernas, os dados paleoclimatol�gicos, baseados nos an�is de crescimento dos troncos das �rvores e n�cleos de gelo, permitem apontar que as temperaturas atuais "s�o in�ditas em nossa hist�ria, levando em conta os �ltimos milhares de anos", disse Carlo Buontempo, diretor do Servi�o de Clima da Copernicus (C3S).

E inclusive "por um per�odo muito mais longo, provavelmente da ordem de 100.000 anos", acrescentou ele em entrevista coletiva.

As observa��es est�o de acordo com as previs�es reiteradas dos especialistas.

Na ter�a-feira, a rede cient�fica World Weather Attribution (WWA) concluiu que as recentes ondas de calor na Europa e nos Estados Unidos teriam sido "quase imposs�veis" sem o efeito das emiss�es de gases de efeito estufa de origem humana.

"Acho que ningu�m pode continuar negando o impacto da mudan�a clim�tica", que causa um aumento nas temperaturas e � uma "amea�a existencial", disse o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, nesta quinta-feira em uma videoconfer�ncia na Casa Branca com os prefeitos de Phoenix (Arizona) e San Antonio (Texas), duas cidades especialmente atingidas pelo calor.

- "Ebuli��o global" -

"A era do aquecimento global acabou, agora � o momento da era da ebuli��o global", disse o secret�rio-geral da ONU, Antonio Guterres. "A mudan�a clim�tica est� aqui. � assustador. E isso � s� o come�o", enfatizou.

Em entrevista com a AFP em Nair�bi, Jim Skea, eleito na quarta-feira presidente do Painel Intergovernamental sobre Mudan�as Clim�ticas (IPCC) das Na��es Unidas, afirmou que � fundamental oferecer � humanidade ferramentas "positivas" para enfrentar a mudan�a clim�tica, e n�o apenas "mensagens catastr�ficas que podem criar um sentimento de terror existencial".

"Temos que insistir que os seres humanos podem escolher e decidir seu pr�prio futuro", afirmou o brit�nico Skea.

A temperatura do planeta j� aumentou 1,2�C em rela��o � era pr�-industrial. Alguns tentam desenvolver medidas de emerg�ncia para que este aumento n�o ultrapasse os 1,5�C, o limite para o ano 2100 estipulado pelo Acordo de Paris de 2015.

Entre outras medidas, "dever�amos reduzir a produ��o de combust�veis f�sseis todo ano em cerca de 6%, para alcan�ar uma redu��o global do nosso uso de 40% at� 2030", declarou Catherine Abreu, da ONG Destination Zero.

Nesta quinta-feira, no entanto, a Ag�ncia Internacional de Energia (AIE) indicou que o consumo mundial de carv�o atingiu um "m�ximo hist�rico" em 2022 e pode voltar a atingir um n�vel recorde este ano. O carv�o � uma das principais fontes f�sseis de energia emissora de gases com efeito de estufa, junto com o g�s e o petr�leo.


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