Delegados das 20 maiores economias do mundo terminaram a reuni�o sem avan�os antes da pr�xima confer�ncia do clima da ONU. As negocia��es tamb�m fracassaram no objetivo de aumentar o uso de energias renov�veis.
"Estou muito decepcionado", disse � AFP o ministro franc�s da Transi��o Ecol�gica, Christophe B�chu, afirmando que n�o houve acordo sobre um aumento dr�stico no uso de energias renov�veis e nenhum acordo sobre a redu��o de combust�veis f�sseis, especialmente o carv�o.
"H� temperaturas recordes, cat�strofes, inc�ndios gigantescos e n�o conseguimos chegar a um acordo para limitar as emiss�es at� 2025", lamentou o ministro franc�s.
B�chu disse que as negocia��es com a China e a Ar�bia Saudita e sobre quest�es clim�ticas com a R�ssia foram "complicadas".
O ministro indiano e anfitri�o da reuni�o, Bhupender Yadav, admitiu que houve "alguns problemas com a quest�o da energia e dos objetivos".
Esta reuni�o, na cidade indiana de Chennai, ocorre apenas alguns dias depois de os ministros de Energia do grupo tamb�m n�o conseguirem chegar a um acordo para reduzir o uso de combust�veis f�sseis.
Os pa�ses do G20 representam 80% do PIB e das emiss�es de CO2 do mundo. Algumas delega��es atribu�ram o pouco progresso a pa�ses produtores de petr�leo, como R�ssia e Ar�bia Saudita.
Todos os presentes na reuni�o entendem "a gravidade da crise" que o mundo enfrenta, disse � AFP Adnan Amin, diretor-executivo da COP28.
Amin afirmou que est� claro que h� quest�es de "interesse nacional" que precisam ser resolvidas antes que compromissos mais fortes sobre combust�veis f�sseis possam ser firmados.
"Est� claro que cada pa�s do mundo vai come�ar a buscar seu interesse imediato", afirmou.
O presidente da pr�xima COP28, que ser� realizada em Dubai, Sultan Al Jaber, que tamb�m comanda o principal cons�rcio produtor de petr�leo e g�s dos Emirados �rabes Unidos, tamb�m participou do encontro.
Sua atua��o na petroleira tem sido amplamente criticada pelo poss�vel conflito de interesses, j� que a queima de combust�veis f�sseis � a principal causa do aquecimento global.
- Destrui��o dos meios de subsist�ncia -
Com inc�ndios devastadores na Gr�cia e uma onda de calor na It�lia, o comiss�rio da Uni�o Europeia para o Meio Ambiente, Virginijus Sinkevicius, alertou antes da reuni�o que havia "mais e mais evid�ncias sobre o impacto clim�tico devastador" e que "os meios de subsist�ncia de muitas pessoas est�o sendo destru�dos".
"A Europa e o norte da �frica est�o queimando. A �sia est� sendo devastada pelas inunda��es e os ministros do Clima do G20 s�o incapazes de definir uma dire��o comum para deter a crise clim�tica", criticou Alex Scott, do think-tank E3G.
At� agora, o progresso tem sido lento por causa da polariza��o do G20 em torno da invas�o russa da Ucr�nia e das fortes divis�es entre pa�ses ricos e em desenvolvimento em quest�es como o financiamento da transi��o ecol�gica.
Pa�ses como a �ndia argumentam que pa�ses historicamente respons�veis por mais emiss�es deveriam gastar mais em esfor�os globais de mitiga��o do que as economias mais pobres.
Os pa�ses produtores de energia resistem a compromissos mais ambiciosos por temerem os efeitos sobre suas economias.
CHENNAI