"H� 262 pessoas a bordo do avi�o, um Airbus A330, incluindo uma d�zia de beb�s". A aeronave pousar� � noite no aeroporto parisiense Roissy Charles de Gaulle, informou a chanceler da Fran�a, Catherine Colonna.
Outro avi�o, transportando mais europeus, est� sendo preparado para decolar de Niamey, antecipou a chanceler, acrescentando que "600 franceses expressaram claramente seu desejo de partir", assim como "pouco menos de 400 europeus".
Est� previsto um total de tr�s voos organizados pela Fran�a, e que a retirada n�o dure mais do que 24 horas, se poss�vel.
A It�lia informou que organizava "um voo especial", e que cerca de 90 italianos se encontravam em Niamey, de um total de quase 500 em todo o pa�s, a maioria militares.
Em Berlim, o Minist�rio das Rela��es Exteriores pediu aos cidad�os alem�es em Niamey que embarcassem em voos da Fran�a, acrescentando que menos de 100 civis alem�es ainda podem estar no pa�s.
- Militares da Fran�a ficar�o -
O presidente do N�ger, Mohamed Bazum foi derrubado no �ltimo dia 26 por sua pr�pria guarda, no terceiro golpe de Estado na �frica Ocidental desde 2021, todos marcados por uma forte ret�rica nacionalista contra a Fran�a e por manifesta��es pr�-R�ssia.
O estado-maior do Ex�rcito franc�s informou que a retirada de seus militares n�o estava "na ordem do dia".
A Fran�a chegou a ter 5.400 soldados na regi�o, como parte da miss�o antijihadista Barkhane, com o apoio de avi�es de combate, helic�pteros e drones. No ano passado, no entanto, teve que retirar suas tropas do Mali e de Burkina Faso, e conta agora com cerca de 1.500 homens, a maioria no N�ger.
Cerca de 1.000 militares americanos tamb�m est�o no N�ger, para a luta antijihadista na regi�o do Sahel.
A Fran�a decidiu facilitar a retirada de seus cidad�os ap�s as manifesta��es hostis do �ltimo domingo em frente � sua embaixada, e as acusa��es do novo governo contra a ex-pot�ncia colonial.
"N�o temos nenhum problema com os franceses" nem com europeus, disse Hamidou Alin, nigerino de 58 anos, acrescentando que o problema � com "os governos europeus".
A Comunidade Econ�mica de Estados da �frica Ocidental (Cedeao), que imp�s san��es no domingo contra o N�ger, advertiu que poderia usar a for�a no pa�s e deu um ultimato de uma semana aos golpistas para que Bazum retorne ao poder.
No dia seguinte, a junta militar acusou a Fran�a de tentar "intervir militarmente", o que Paris nega, ao mesmo tempo que Mali e Burkina Faso, tamb�m governados por militares, alertaram que qualquer interven��o na na��o africana seria uma "declara��o de guerra" contra estas.
- Instabilidade -
O N�ger � um pa�s semides�rtico, um dos mais pobres e inst�veis do mundo, apesar de suas grandes reservas significativas de ur�nio, que registrou quatro golpes de Estado desde a independ�ncia em 1960.
Bazum chegou ao poder em 2021, depois de vencer as elei��es que representaram a primeira transi��o pac�fica de poder no pa�s. O mandato, no entanto, j� estava marcado por duas tentativas de golpe antes dos acontecimentos da semana passada, quando ele foi detido na resid�ncia oficial por membros da guarda presidencial de elite.
O comandante da guarda, general Abdurahaman Tiani, declarou-se novo l�der do pa�s, apesar das cr�ticas da Cedeao, da Uni�o Africana e da ONU, bem como de Fran�a, Estados Unidos e Uni�o Europeia.
O golpe acionou os alarmes nos pa�ses ocidentais que lutam para conter uma insurg�ncia jihadista nesta regi�o, que teve in�cio no norte do Mali em 2012, avan�ou para o N�ger e Burkina Faso tr�s anos depois e agora amea�a as fronteiras de v�rios Estados fr�geis no Golfo de Guin�.
A viol�ncia extremista deixou um n�mero indeterminado de civis, soldados e policiais mortos em toda a regi�o. Em Burkina Faso, 2,2 milh�es de pessoas foram obrigadas a abandonar suas casas.
NIAMEY