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Estado de Minas NIAMEY

Fran�a inicia retirada de europeus do N�ger ap�s golpe de Estado


01/08/2023 18:21
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Um avi�o transportando, principalmente, franceses decolou nesta ter�a-feira (01) de Niamey, na primeira retirada de europeus do N�ger desde o golpe de Estado que derrubou, na semana passada, um dos �ltimos l�deres pr�-Ocidente desta regi�o da �frica, onde atuam grupos jihadistas.

"H� 262 pessoas a bordo do avi�o, um Airbus A330, incluindo uma d�zia de beb�s". A aeronave pousar� � noite no aeroporto parisiense Roissy Charles de Gaulle, informou a chanceler da Fran�a, Catherine Colonna.

Outro avi�o, transportando mais europeus, est� sendo preparado para decolar de Niamey, antecipou a chanceler, acrescentando que "600 franceses expressaram claramente seu desejo de partir", assim como "pouco menos de 400 europeus".

Est� previsto um total de tr�s voos organizados pela Fran�a, e que a retirada n�o dure mais do que 24 horas, se poss�vel.

A It�lia informou que organizava "um voo especial", e que cerca de 90 italianos se encontravam em Niamey, de um total de quase 500 em todo o pa�s, a maioria militares.

Em Berlim, o Minist�rio das Rela��es Exteriores pediu aos cidad�os alem�es em Niamey que embarcassem em voos da Fran�a, acrescentando que menos de 100 civis alem�es ainda podem estar no pa�s.

- Militares da Fran�a ficar�o -

O presidente do N�ger, Mohamed Bazum foi derrubado no �ltimo dia 26 por sua pr�pria guarda, no terceiro golpe de Estado na �frica Ocidental desde 2021, todos marcados por uma forte ret�rica nacionalista contra a Fran�a e por manifesta��es pr�-R�ssia.

O estado-maior do Ex�rcito franc�s informou que a retirada de seus militares n�o estava "na ordem do dia".

A Fran�a chegou a ter 5.400 soldados na regi�o, como parte da miss�o antijihadista Barkhane, com o apoio de avi�es de combate, helic�pteros e drones. No ano passado, no entanto, teve que retirar suas tropas do Mali e de Burkina Faso, e conta agora com cerca de 1.500 homens, a maioria no N�ger.

Cerca de 1.000 militares americanos tamb�m est�o no N�ger, para a luta antijihadista na regi�o do Sahel.

A Fran�a decidiu facilitar a retirada de seus cidad�os ap�s as manifesta��es hostis do �ltimo domingo em frente � sua embaixada, e as acusa��es do novo governo contra a ex-pot�ncia colonial.

"N�o temos nenhum problema com os franceses" nem com europeus, disse Hamidou Alin, nigerino de 58 anos, acrescentando que o problema � com "os governos europeus".

A Comunidade Econ�mica de Estados da �frica Ocidental (Cedeao), que imp�s san��es no domingo contra o N�ger, advertiu que poderia usar a for�a no pa�s e deu um ultimato de uma semana aos golpistas para que Bazum retorne ao poder.

No dia seguinte, a junta militar acusou a Fran�a de tentar "intervir militarmente", o que Paris nega, ao mesmo tempo que Mali e Burkina Faso, tamb�m governados por militares, alertaram que qualquer interven��o na na��o africana seria uma "declara��o de guerra" contra estas.

- Instabilidade -

O N�ger � um pa�s semides�rtico, um dos mais pobres e inst�veis do mundo, apesar de suas grandes reservas significativas de ur�nio, que registrou quatro golpes de Estado desde a independ�ncia em 1960.

Bazum chegou ao poder em 2021, depois de vencer as elei��es que representaram a primeira transi��o pac�fica de poder no pa�s. O mandato, no entanto, j� estava marcado por duas tentativas de golpe antes dos acontecimentos da semana passada, quando ele foi detido na resid�ncia oficial por membros da guarda presidencial de elite.

O comandante da guarda, general Abdurahaman Tiani, declarou-se novo l�der do pa�s, apesar das cr�ticas da Cedeao, da Uni�o Africana e da ONU, bem como de Fran�a, Estados Unidos e Uni�o Europeia.

O golpe acionou os alarmes nos pa�ses ocidentais que lutam para conter uma insurg�ncia jihadista nesta regi�o, que teve in�cio no norte do Mali em 2012, avan�ou para o N�ger e Burkina Faso tr�s anos depois e agora amea�a as fronteiras de v�rios Estados fr�geis no Golfo de Guin�.

A viol�ncia extremista deixou um n�mero indeterminado de civis, soldados e policiais mortos em toda a regi�o. Em Burkina Faso, 2,2 milh�es de pessoas foram obrigadas a abandonar suas casas.


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