(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas VAL�NCIA

Presos em sauna LGBTQIA+ na Venezuela negam acusa��es


02/08/2023 20:31
436

A batida da pol�cia pegou Iv�n Valera de surpresa, que disse estar conversando com um amigo quando foi preso. Ele � um dos 33 detidos em uma sauna LGBTQIA+ na Venezuela.

Valera enfrenta, entre outras, uma acusa��o de atentado ao pudor - crime referente a atos obscenos em p�blico, com penas de 3 a 15 meses de pris�o - em um caso considerado por ativistas como uma consequ�ncia de uma pol�tica de "homofobia de Estado".

"Em nenhum momento eles nos contaram o que estava acontecendo, o que nos disseram � que est�vamos em flagrante de um crime", disse Valera, de 30 anos, em entrevista � AFP.

"N�o estava ocorrendo nenhuma a��o indevida", acrescentou o homem, do lado de fora do tribunal, onde foi buscar seu celular, apreendido na opera��o. Ele, assim como os demais detidos, est� em liberdade condicional.

"Os 33", como agora s�o conhecidos popularmente, foram presos em 23 de julho no Avalon Man Club, um spa privado em Valencia (estado de Carabobo, centro-norte).

Os tr�s �ltimos homens que ainda estavam atr�s das grades - o propriet�rio do local e dois funcion�rios - foram liberados nesta quarta depois que a Justi�a aceitou seus fiadores.

Valera lembra que os policiais falaram que se tratava de uma opera��o de rotina, que teriam recebido uma den�ncia an�nima por "barulho" e atos p�blicos obscenos.

Durante a deten��o, antes de ficar em liberdade condicional, ele denunciou que a linguagem dos policiais foi muito homof�bica, embora tenha ressaltado que garantiram o seu bem-estar.

O procurador-geral, Tarek Saab, disse na ter�a-feira que o caso ainda est� sob investiga��o, mas pode ser arquivado.

- "Criminalizar" a homossexualidade -

O Avalon Man Club, inaugurado em novembro do ano passado, � uma sauna voltada principalmente para a comunidade LGBTQIA+, embora seja aberta a qualquer p�blico.

A imprensa local publicou que as pris�es ocorreram por causa de uma "festa de sexo", o que Valera nega.

"A maioria de n�s n�o se conhecia, est�vamos nos conhecendo naquele dia l�", disse o ativista de direitos humanos. "Em nenhum momento o relat�rio policial indica que um ato sexual estava sendo praticado l�", acrescentou.

"N�o teve nada al�m de uma conversa entre amigos (...). Algumas pessoas estiveram, para quem n�o sabe, em uma sauna, onde geralmente as pessoas v�o para relaxar, para conversar", concordou Alfredo Rodr�guez, outro dos homens que foram detidos.

"Eles querem criminalizar uma atitude e conduta que de forma alguma envolveu um ato criminoso", afirmou.

Alguns dos detidos mantinham em segredo a sua orienta��o sexual para se protegerem dos preconceitos neste pa�s conservador, sem leis que protejam os direitos da comunidade, como o casamento homoafetivo ou a mudan�a de identidade de g�nero. E, de repente, foram expostos na frente de familiares e colegas de trabalho.

Jes�s Araujo, de 24 anos, funcion�rio do local, conta que foi abordado por duas pessoas no supermercado que perguntaram se ele era um dos "33" e depois disseram que era uma "vergonha".

"Se algu�m tivesse cometido um crime, teria que acatar [o processo penal], mas n�o � o caso", ressaltou Araujo.


receba nossa newsletter

Comece o dia com as not�cias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, fa�a seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)