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Estado de Minas S�O PAULO

Com decep��es no masculino e no feminino, Sele��o perde prest�gio no cen�rio mundial


04/08/2023 13:24
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A lembran�a de Ronaldo ou Marta em uma final de Copa do Mundo est� cada vez mais distante. O poder do Brasil tem se tornado cada vez menor no principal torneio de futebol.

O �ltimo baque veio na quarta-feira (2), com a sele��o feminina sendo eliminada na fase de grupos do Mundial pela primeira vez desde 1995.

Mas antes houve outros dois em menos de um ano: a Sele��o masculina foi eliminada nos p�naltis pela Cro�cia na Copa do Catar, em dezembro, e o Sub-20 caiu para Isarael (3 a 2), em junho, na mesma fase do Mundial da categoria.

Para ambas as equipes masculinas, o hexacampeonato vem escapando. Os profissionais n�o levantam a Copa do Mundo desde 2002, enquanto o �ltimo t�tulo dos jovens foi em 2011.

Marta, a lend�ria camisa 10 da sele��o feminina, se despediu de seu sexto e �ltimo Mundial de m�os vazias, 16 anos depois do vice-campeonato na China, em 2007, com derrota para a Alemanha por 2 a 0, em sua �nica final no torneio.

Embora n�o fossem favoritas ao t�tulo na Austr�lia e Nova Zel�ndia este ano, a expectativa era de que as brasileiras chegassem �s oitavas de final sem grandes problemas.

"N�o era, nem nos meus piores pesadelos, a Copa que eu sonhava", disse a atacante de 37 anos, titular apenas no empate em 0 a 0 com a Jamaica, que selou a elimina��o.

- "Realidades diferentes" -

Considerada a melhor jogadora da hist�ria e maior artilheira das Copas, com 17 gols, Marta tamb�m esteve presente quando a sele��o perdeu as finais dos Jogos Ol�mpicos de Atenas 2004 e de Pequim 2008.

Ela � o s�mbolo de um Brasil dominante na Am�rica do Sul (venceu oito das nove Copas Am�rica femininas realizadas at� agora) e que ganhou relev�ncia no mundo, mas que quando sai da regi�o recebe um choque de realidade, assim como a Sele��o masculina.

"S�o realidades diferentes, da sele��o de mulheres voc� n�o pode exigir a mesma coisa que se exige normalmente dos homens porque o futebol feminino � razoavelmente recente no Brasil", disse � AFP o jornalista Juca Kfouri.

"A exce��o se deu porque nunca uma sele��o foi t�o bem preparada e respaldada para jogar um Mundial", acrescentou. "Ficou muito clara a falta de preparo mental das meninas para ganhar".

Desde o vice-campeonato em 2007, a sele��o feminina nunca passou das quartas de final e advers�rias regionais v�m crescendo, como a Col�mbia, �nico pa�s sul-americano a se classificar para as oitavas no Mundial de 2023.

Nem mesmo a contrata��o da treinadora sueca Pia Sundhage, bicampe� ol�mpica � frente dos Estados Unidos, deu resultado.

"Vou me esfor�ar muito para buscar jogadoras novas (...) Espero ter muitas para escolher", disse Pia ap�s a elimina��o.

J� o time masculino, depois da conquista do penta, s� chegou �s semifinais em 2014, quando foi atropelada pela Alemanha por 7 a 1. De l� para c�, a arquirrival Argentina foi campe� do mundo no Catar e venceu a Copa Am�rica de 2021 em pleno Maracan�.

- Queda de qualidade? -

H� diversas raz�es para explicar o mau momento do futebol brasileiro, aliviado exceto pelo sucesso dos clubes do pa�s na Am�rica do Sul.

Embora o Brasil continue sendo a principal f�brica de jogadores, a qualidade est� em quest�o: n�o h� uma substituta equipar�vel para Marta e nenhum homem brasileiro ganha a Bola de Ouro desde 2007 (Kak�). Neymar, a grande esperan�a, conviveu ao longo da carreira com pol�micas e les�es.

"O problema � que hoje n�o temos a qualidade de jogadores que t�nhamos em outras �pocas", opinou recentemente o presidente Luiz In�cio Lula da Silva.

Os outros pa�ses evolu�ram e o Brasil, dizem especialistas, vende seus jogadores ainda muito jovens, e estes acabam adquirindo caracter�sticas europeias, perdendo as habilidades que tornam seu futebol mundialmente admirado: dribles, ousadia, magia.

"Acabam de alguma maneira emasculando o futebol brasileiro", lamenta Kfouri, que tamb�m adverte sobre a falta de um projeto esportivo.

Uma prova disso, diz ele, � o que acontece com o time masculino: Fernando Diniz dividir� o comando do Fluminense com a Sele��o at� meados de 2024, quando o italiano Carlo Ancelotti deve assumir.

"A Sele��o Brasileira tem trocado de treinadores que n�o t�m nada a ver um com outro", afirma Kfouri. "Eu n�o descarto nenhuma possibilidade, como n�o descarto, a cada Copa, que o Brasil ganhe a pr�xima Copa do Mundo. A hegemonia que o Brasil teve num determinado momento, eu sim digo, independente do fato de ganhar a Copa do Mundo, mas aquela coisa encantadora que s� o Brasil parecia ter, acho que aqui n�o vai acontecer mais".


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