Quase 140.000 pessoas morreram em 6 de agosto de 1945 e 74.000 em Nagasaki tr�s dias depois, quando as tropas dos Estados Unidos lan�aram bombas nucleares nas duas cidades japonesas, poucos dias antes do fim da Segunda Guerra Mundial.
"O Jap�o, como �nica na��o que sofreu bombardeios at�micos na guerra, prosseguir� com os esfor�os por um mundo livre de armas nucleares", afirmou o primeiro-ministro japon�s em uma cerim�nia em Hiroshima.
"O caminho para alcan�ar esta meta est� se tornando cada vez mais dif�cil pelas profundas divis�es na comunidade internacional sobre o desarmamento nuclear e devido � amea�a nuclear da R�ssia", lamentou.
"Diante desta situa��o, � ainda mais importante recuperar o impulso internacional para alcan�ar um mundo livre de armas nucleares", acrescentou Kishida.
O chefe de Governo japon�s, cuja fam�lia � natural de Hiroshima, insistiu que a "devasta��o em Hiroshima e Nagasaki provocada pelas armas nucleares n�o pode ser repetida nunca".
Os coment�rios de Kishida s�o similares aos do secret�rio-geral da ONU, Ant�nio Guterres, que divulgou um comunicado sobre o anivers�rio do bombardeio contra Hiroshima. No texto, ele critica que "alguns pa�ses est�o brandindo de maneira imprudente o sabre nuclear novamente, amea�ando usar estas ferramentas de aniquila��o".
"Diante destas amea�as, a comunidade global deve falar em un�ssono. Qualquer uso de armas nucleares � inaceit�vel", destacou Guterres.
Na cerim�nia de Hiroshima, milhares de pessoas, entre sobreviventes, parentes de v�timas e representantes de 111 pa�ses (um recorde para o ato), rezaram pelos mortos e feridos e pediram a paz mundial.
Por�m, pelo segundo ano consecutivo o governo de Hiroshima n�o convidou representantes da R�ssia nem de Belarus ao evento devido � guerra na Ucr�nia.
Os participantes respeitaram um minuto de sil�ncio �s 8H15 locais (20H15 de Bras�lia, s�bado), o hor�rio do lan�amento da primeira bomba nuclear em uma guerra.
No in�cio do m�s, mais de 100 revistas m�dicas de todo o planeta divulgaram um raro pedido conjunto para eliminar com urg�ncia as armas nucleares. As publica��es alertaram que a amea�a de uma cat�strofe nuclear � "grande e crescente".
T�QUIO