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Estado de Minas QUITO

Magnic�dios no Equador e no Haiti: os tent�culos dos pistoleiros colombianos


11/08/2023 17:49
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Em 2021, ex-militares invadiram a casa do presidente do Haiti para assassin�-lo. Em 2023, assassinos de aluguel tiraram a vida de um candidato � Presid�ncia no Equador. Em dois anos, pistoleiros colombianos agravaram, � base de tiros, as crises em outros pa�ses das Am�ricas.

Na �ltima quarta-feira, o equatoriano Fernando Villavicencio, de 59 anos, acabara de entrar em sua caminhonete, ap�s um com�cio, quando os criminosos abriram fogo, atingindo-o na cabe�a, segundo testemunhas.

Um dos supostos assassinos morreu ap�s uma troca de tiros com a equipe de seguran�a, e outros seis foram capturados. Segundo a pol�cia, todos s�o colombianos.

Alguns dos detidos foram vistos com manchas de sangue, em fotografia semelhante �s divulgadas por autoridades haitianas em julho de 2021, quando 17 ex-militares entraram na resid�ncia pessoal do presidente Jovenel Moise e o mataram na frente de sua mulher.

A coincid�ncia evidencia "a especializa��o" do crime organizado na Col�mbia e a extens�o de seus tent�culos pelo continente, diz Jorge Mantilla, pesquisador colombiano sobre o conflito e o crime organizado.

- Sabotagem -

Localizado entre a Col�mbia e o Peru, os dois principais produtores de coca�na do mundo, o Equador registrou o primeiro assassinato de um candidato � Presid�ncia de sua hist�ria dias antes da elei��o do sucessor de Guillermo Lasso. Investiga��es relacionam a g�nese da viol�ncia com a entrada da coca�na (principalmente pela fronteira com a Col�mbia), que, depois, sai do Pac�fico em dire��o aos Estados Unidos e � Europa.

Por essa porta tamb�m entraram no Equador guerrilheiros e delinquentes colombianos com seus modus operandi de terror. Jorge Mantilla explica que os grupos criminosos do Equador dedicados ao narcotr�fico "ganharam poder trabalhando com organiza��es colombianas e, depois, tornaram-se independentes" e se fortaleceram.

Ainda n�o est� claro quem ordenou o assassinato de Villavicencio, que havia dito que recebia amea�as da quadrilha Los Choneros, ligada ao narcotr�fico. Guillermo Lasso culpou o crime organizado.

Segundo a imprensa da Col�mbia, os homens capturados possuem antecedentes criminais em seu pa�s. Alguns haviam sido condenados por fabrica��o e tr�fico de armas. Outros t�m passagens por roubo, tr�fico de drogas, homic�dio ou viol�ncia dom�stica, segundo o telejornal Not�cias Caracol.

- Pistolagem -

Para Jorge Mantilla, o homic�dio que horrorizou o Equador, somado ao assassinato do presidente do Haiti em 2021, mostra "a especializa��o que o crime colombiano teve no uso da viol�ncia", fruto de um conflito armado de seis d�cadas entre guerrilheiros, paramilitares, traficantes de drogas e as for�as p�blicas.

Antes da morte de Moise, era conhecida a presen�a de ex-militares colombianos em I�men, S�ria, Iraque, Afeganist�o e Emirados �rabes. Nesses locais, eles protegiam constru��es para empresas de seguran�a pol�micas, como a americana Blackwater, extinta. Alguns os chamam de mercen�rios.

Os 17 detidos no Haiti permanecem atr�s das grades, sem que se conhe�am os mandantes do assassinato. Outro tentou fugir, mas foi capturado na Jamaica e extraditado para os Estados Unidos.

A morte de Moise agravou a crise social no empobrecido pa�s caribenho, que tamb�m enfrenta a viol�ncia das gangues. O presidente venezuelano, Nicol�s Maduro, chamou a aten��o para a rela��o entre os dois eventos: "Infelizmente, esses grupos criminosos de pistoleiros levam esse modelo colombiano de assassinatos pol�ticos para al�m das fronteiras".

Ao assumir o poder, em agosto de 2022, o presidente da Col�mbia, Gustavo Petro, destacou que seu pa�s tinha responsabilidade na morte de Moise, mas manteve o sil�ncio no caso de Villavicencio.


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