"O tribunal, presidido pelo juiz Jhonny Contreras Cuzcano, imp�e penas de oito a quinze anos de pris�o aos acusados por homic�dio qualificado no #CasoCayara", anunciou o Poder Judici�rio na noite de sexta-feira na rede social X, antigo Twitter.
O caso remonta a 14 de maio de 1988, quando duas patrulhas entraram na comunidade camponesa de Cayara, onde torturaram e executaram camponeses com o argumento de obter informa��es sobre o assassinato de quatro militares na �rea durante um ataque do grupo Sendero Luminoso no dia anterior.
As maiores senten�as (15 anos) foram para os tenentes Marco Llontop Jes�s e Luis Casta�eda Mar�n, coautores do crime de homic�dio qualificado. O restante dos membros das patrulhas, 16 soldados, ter� penas de 8 anos de pris�o.
O general aposentado do ex�rcito Jos� Valdivia Due�as, um dos l�deres militares de Ayacucho durante os anos de conflito (1980-2000), n�o foi sentenciado por estar foragido da justi�a desde dezembro de 2021.
O Minist�rio P�blico havia pedido at� 25 anos de pris�o para o militar reformado por crimes de homic�dio e desaparecimento for�ado.
A audi�ncia foi virtual e sem p�blico, encerrando 35 anos de busca por justi�a para os familiares.
No julgamento, os militares rejeitaram as acusa��es, alegando que os camponeses estavam mortos quando chegaram a Cayara. Os militares culparam a guerrilha pelo crime, mas o tribunal descartou essa vers�o com base nos depoimentos de testemunhas que sobreviveram ao massacre.
De acordo com o relat�rio final da Comiss�o de Verdade e Reconcilia��o (CVR, 2003), no conflito armado que o Peru viveu entre 1980 e 2000, cerca de 69.000 pessoas morreram, a maioria camponeses pobres da regi�o dos Andes.
A CVR responsabilizou o Sendero Luminoso por ser o principal perpetrador de viola��es dos direitos humanos, mas tamb�m acusou as for�as de seguran�a que combateram essa organiza��o de cometer crimes contra a humanidade.
LIMA