Lai - candidato favorito para a elei��o presidencial de Taiwan no ano que vem - far� oficialmente apenas uma escala nos Estados Unidos em sua viagem para assistir � posse do presidente eleito do Paraguai, Santiago Pe�a.
Mas o l�der, que tem uma posi��o claramente pr�-independ�ncia, poder� se reunir com pol�ticos americanos durante sua estada em Nova York, onde se encontra no momento.
O governo chin�s considera Taiwan, uma ilha que tem governo pr�prio, parte de seu territ�rio e diz que um dia voltar� a ficar sob seu controle - � for�a, se necess�rio.
"A China est� monitorando de perto o desenvolvimento da situa��o e tomar� medidas firmes e contundentes para salvaguardar a soberania nacional e a integridade territorial", disse um porta-voz do Minist�rio das Rela��es Exteriores, que n�o foi identificado, em um comunicado divulgado na Internet.
"A China se op�e firmemente a qualquer forma de interc�mbio oficial entre Estados Unidos e Taiwan e se op�e resolutamente a que os separatistas que buscam a 'independ�ncia de Taiwan' entrem nos Estados Unidos sob qualquer nome, ou por qualquer motivo, e se op�e, firmemente, a qualquer tipo de contato oficial entre o governo dos Estados Unidos e a parte taiwanesa", disse o porta-voz.
Em abril, a China fez tr�s dias de exerc�cios militares simulando uma opera��o de bloqueio em Taiwan, depois que a presidente taiwanesa Tsai Ing-wen se reuniu com o presidente da C�mara de Representantes dos EUA, o republicano Kevin McCarthy, na Calif�rnia, em seu retorno de uma viagem � Guatemala e a Belize.
- Hotel -
Ao desembarcar em Nova York neste domingo, Lai disse na rede social X (antigo Twitter), que foi recebido por membros do American Institute in Taiwan, que atua como representante da ilha nos Estados Unidos.
"Feliz de chegar � 'Big Apple', um s�mbolo de liberdade, democracia e oportunidades", disse ele.
"Estou ansioso para ver amigos e participar do programa de tr�nsito em Nova York", completou.
A presid�ncia de Taiwan divulgou um v�deo de Lai, hoje, chegando a um hotel de Nova York, onde foi recebido por simpatizantes que agitavam bandeiras normalmente usadas por apoiadores da independ�ncia de Taiwan, junto com bandeiras americanas e taiwanesas.
Depois de Nova York, Lai deve seguir para o Paraguai, um dos poucos pa�ses que ainda reconhecem Taipei oficialmente. Na volta, far� uma parada em San Francisco.
Lai publicou hoje no X (ex-Twitter) que deve se reunir com a presidente do American Institute in Taiwan, Laura Rosenberger, durante sua escala na Calif�rnia.
William Lai � um candidato para suceder o atual presidente Tsai Ing-wen. Ambos s�o do Partido Democr�tico Progressista (PDP, pr�-independ�ncia).
A China v� com desconfian�a as reuni�es dos �ltimos anos entre l�deres taiwaneses e representantes de alguns pa�ses ocidentais, principalmente dos Estados Unidos, porque conferem uma forma de legitimidade �s autoridades da ilha.
- 'Desordeiro' -
"Os Estados Unidos e Taiwan, em conluio, permitiram que William Lai realizasse atividades pol�ticas nos Estados Unidos sob o pretexto de um 'tr�nsito'", disse o Minist�rio chin�s das Rela��es Exteriores neste domingo.
O Minist�rio manifestou "forte insatisfa��o" com a visita do "desordeiro" William Lai.
Os Estados Unidos, que concederam reconhecimento diplom�tico � Rep�blica Popular da China em 1979, continuam sendo o aliado mais poderoso de Taiwan e seu principal fornecedor de armas.
As rela��es entre Pequim e Taipei azedaram em 2016 com a chegada de Tsai Ing-wen � presid�ncia. Ao contr�rio de seu antecessor, ela se nega a considerar que a ilha e a China continental fazem parte da mesma entidade "China". Desde ent�o, o governo chin�s aumentou sua press�o diplom�tica e econ�mica.
Lai tem se manifestado muito mais abertamente a favor da independ�ncia do que a atual presidente.
O candidato se descreveu como um "pragm�tico a favor da independ�ncia de Taiwan" e, nesta semana, em um programa de televis�o local, reiterou que a ilha "n�o faz parte da Rep�blica Popular da China".
PEQUIM