"Ajudei muitas pessoas a superar muitos desastres, inc�ndios, muitas coisas", disse Brown neste domingo em seu primeiro culto desde que as chamas devastaram Lahaina, cidadezinha da costa oeste de Mau�.
"Mas � a primeira vez que sou uma delas", emendou.
A igreja batista onde Brown trabalhou durante cinco d�cadas foi reduzida a cinzas, assim como sua casa, de onde conseguiu fugir com a esposa.
Um de seus fi�is abriu as portas de sua cafeteria em Kahului para reunir a comunidade desta igreja de Lahaina, que tenta digerir a trag�dia que deixa quase cem mortos e milhares de desalojados.
"Uma das coisas que me incomodam como pastor � que deveria visitar as pessoas e oferecer o minist�rio, mas n�o nos deixam voltar", diz, referindo-se � proibi��o das autoridades que at� o s�bado s� haviam varrido 3% da �rea devastada pelo fogo em busca de corpos.
"Por isso, o que estamos fazendo � nos reunir e dar �nimo uns aos outros".
"A igreja n�o � um edif�cio, � sua gente. Assim, a igreja ainda est� de p� aqui", disse o pastor Brown � AFP.
Cerca de 200 pessoas assistiram ao culto, que durou duas horas, com moradores de Lahaina relatando, aos prantos, os minutos de tens�o que viveram ao ver "uma bola de fogo" se aproximar a toda velocidade.
"Se tem algo que v�o ouvir � que aconteceu muito r�pido", disse o pastor Caleb Woodfin, que auxiliava Brown em Lahaina.
"O �nico que podia fazer era manter a f� de que veria voc�s de novo".
Mirasol Ramelb, devota da igreja e que perdeu a joalheria que funcionava havia quase duas d�cadas na tur�stica Front Street de Lahaina, abra�ou o pastor ao final do culto.
"O culto trouxe conforto ao meu cora��o de que Deus ainda est� a�, que ainda est� no comando".
Ramelb foi ao culto com sua sobrinha, Glorymae Lorenzo, que fugiu da cidade de aproximadamente 12.000 habitantes com o marido, a sogra e os dois filhos.
"Temos que agradecer por ainda estarmos aqui, de n�o termos ficado presos neste inc�ndio porque alguns dos nossos vizinhos n�o conseguiram", disse Lorenzo.
KAHULUI