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Estado de Minas NOVA YORK

Jovens afeg�s pedem apoio internacional para estudar em seu pa�s


15/08/2023 10:14
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Desde que retornaram ao poder no Afeganist�o h� dois anos, os talib�s proibiram o acesso de mais de um milh�o de mulheres e jovens afeg�s ao ensino m�dio e �s universidades. Uma delas � Somaya Faruqi, a capit� de uma equipe feminina de rob�tica, que precisou emigrar para realizar seu sonho de inf�ncia: estudar engenharia.

Esta jovem de 21 anos � o rosto da campanha do fundo mundial da ONU para educa��o em situa��es de emerg�ncia e crise Education Cannot Wait (ECW, A educa��o n�o pode esperar) que, com o lema #AfghanGirlsVoices, quer levar o grito de ajuda das jovens afeg�s a todo o planeta.

Assim como muitos compatriotas quando os talib�s tomaram o poder no Afeganist�o em 15 de agosto de 2021, Faruqi saiu do pa�s junto com as nove companheiras da equipe de rob�tica conhecida como "As sonhadoras afeg�s".

Ap�s terminar o ensino m�dio no Catar, ela agora cursa o segundo ano de engenharia mec�nica na Universidade de Sacramento (Calif�rnia) com uma bolsa do Fundo de Desenvolvimento catariano.

Ela espera que a campanha #AfghanGirlsVoices, que apresenta depoimentos de meninas e jovens cujas vidas foram abruptamente alteradas pela proibi��o de estudar e se formar, "traga de novo a aten��o do mundo �s jovens afeg�s" j� que, em apenas dois anos, o "Afeganist�o parece ter sido esquecido" em um mundo onde n�o faltam crises, disse por telefone � AFP.

"Precisamos garantir que t�m acesso �s mesmas oportunidades (que os homens) e � educa��o, porque a educa��o � a chave da liberdade", disse.

Em 18 de setembro de 2021, um m�s depois de retornarem ao poder, do qual foram expulsos duas d�cadas antes, os talib�s voltaram a fechar as portas do ensino m�dio �s jovens.

Em dezembro de 2022, tamb�m fecharam as portas das universidades, al�m de proibi-las de trabalharem em v�rios setores, apesar de muitas serem as provedoras das fam�lias, nas quais os homens morreram na guerra.

- "Incompreens�vel" -

A situa��o das mulheres de seu pa�s � "incompreens�vel", disse Faruqi.

"�s jovens foi proibido o acesso aos espa�os p�blicos": "N�o podem ir a um gin�sio, nem a um parque, ou restaurante, sem companhia do pai, irm�o, marido", descreve.

Para muitas fam�lias, a �nica sa�da � o casamento, "sem se importarem" se as jovens "est�o de acordo ou n�o".

"Muitas das minhas colegas de classe foram obrigadas a se casarem nestes dois anos que deixei o Afeganist�o". "As fam�lias as obrigam a se casar, j� que n�o podem fazer nada pela fam�lia", onde s�o consideradas como um peso.

Esta situa��o est� afetando a sa�de mental das meninas e jovens. "A depress�o est� aumentando. A taxa de suic�dio de jovens aumentou muito nos �ltimos anos. � tr�gico", disse.

A condi��o das mulheres e jovens no Afeganist�o � a "pior em n�vel mundial", segundo um estudo recente feito por especialistas da ONU.

As sistem�ticas restri��es de direitos humanos e a grave discrimina��o que sofrem sob o regime talib� poderia equivaler a um "Apartheid de g�nero", ou "persegui��o de g�nero", segundo o estudo.

ECW pretende que o p�blico em geral divulgue os depoimentos da campanha #AfghanGirlsVoices nas redes sociais de 15 de agosto a 18 de setembro, que marca o in�cio da proibi��o oficial da escolariza��o das adolescentes.

Ainda assim, espera que as vozes das meninas afeg�s sejam ouvidas por l�deres mundiais durante a C�pula dos Objetivos de Desenvolvimento Sustent�vel (ODS) nos dias 18 e 19 de setembro na Assembleia Geral das Na��es Unidas, em Nova York.


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