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Estado de Minas BUENOS AIRES

Chaves para entender o fen�meno Milei na Argentina


15/08/2023 14:56
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Javier Milei, o libert�rio que surgiu no cen�rio pol�tico argentino como o candidato presidencial mais votado (30,04%) nas prim�rias. O antissistema de extrema direita capitalizou a frustra��o de cerca de sete milh�es de pessoas e surpreendeu os partidos tradicionais para as elei��es de outubro.

Estas s�o algumas chaves para conhec�-lo:

- O provocador -

Apelidado como 'le�o' por seus cabelos, o economista de 52 anos defende o "fim da casta pol�tica parasit�ria, ladra e in�til", um discurso que captou a decep��o com os partidos que governaram nos �ltimos anos: o peronismo e o de centro-direita Juntos pela Mudan�a.

"Dez anos de estagna��o e cinco de alta infla��o alimentaram uma descren�a em amplos setores em rela��o � capacidade de governar das grandes coaliz�es. Milei conseguiu desafiar essa descren�a e construir um eleitorado do nada, do desencanto com ambas as coaliz�es", disse � AFP o cientista pol�tico Gabriel Puricelli, do Laborat�rio de Pol�ticas P�blicas.

Sua popularidade, conquistada como apresentador de televis�o, refletiu nas prim�rias, nas quais venceu em 16 de 24 prov�ncias.

"A �ltima vez que houve uma irrup��o como essa em uma elei��o nacional foi com o peronismo em 1946", destacou Puricelli.

- O novo -

O fluxo de votos o coloca como protagonista da vota��o caso nenhum dos candidatos alcance 45% de apoio - ou mais de 40% com dez pontos de vantagem sobre o segundo - nas elei��es gerais de 22 de outubro.

Seus principais advers�rios s�o Patricia Bullrich (Juntos pela Mudan�a, centro-direita) e o ministro de Economia, Sergio Massa (Uni�o pela P�tria, peronismo) que obtiveram 28% e 27% dos votos respectivamente nas prim�rias.

Carolina Carabajal, estudante de 20 anos, apoia Milei porque "� diferente". "Nossos av�s, nossos pais elegeram durante 20 ou 30 anos o peronismo e o pa�s segue igual", sustenta.

- Plano de governo -

Em suas propostas, Milei prescinde do Estado. Seu programa impulsiona a dolariza��o da economia, a elimina��o do Banco Central e dos minist�rios da Sa�de, Educa��o e Obras P�blicas que pensa substituir com investimentos privados.

"Queremos fazer um programa de ajuste muito mais severo do que pede o Fundo Monet�rio Internacional. O ajuste ser� onde rouba a pol�tica", disse.

Promete privatizar empresas p�blicas, taxar a sa�de e educa��o e flexibilizar as rela��es trabalhistas. Inimigo do "Estado paternalista" e dos "governos populistas", se autodefine como um "anarco-capitalista".

Em outras quest�es � conservador: rejeita o aborto e a educa��o sexual nas escolas.

"Os �nicos direitos que reivindico s�o a vida, a liberdade e a propriedade; o resto s�o constru��es ideol�gicas", opina. E n�o poupa declara��es provocativas como quando mencionou "explodir o Banco Central". "N�o � uma met�fora", afirmou.

- "Chefe" e seus c�es -

Milei � solit�rio. Vive em um bairro fechado em Buenos Aires junto com sua irm� Karina, a quem chama de "chefe" de sua carreira pol�tica.

Ele n�o � casado, n�o tem filhos e est� afastado do pai de quem recebeu fortes surras quando crian�a, segundo desabafou. Convive com quatro c�es mastins, os quais considera seus "filhos de quatro patas".

Admirador dos Rolling Stones, foi vocalista da banda Everest, tributo ao lend�rio grupo brit�nico. Tamb�m teve um passagem pelo futebol profissional como goleiro do clube Chacarita, de segunda divis�o.

Segundo sua biografia n�o autorizada, sofreu bullying na escola, onde � lembrado como menino retra�do.

Admira os economistas Adam Smith e Friedrich Hayek, assim como o pol�tico argentino Juan Bautista Alberdi. "Desejo apenas ser um bom disc�pulo de Alberdi, o grande pensador da liberdade", expressou.


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