Embora a op��o militar continue sobre a mesa para restabelecer a ordem constitucional ap�s o golpe de 26 de julho, os pa�ses da regi�o privilegiam o di�logo e a diplomacia com os militares que tomaram o poder em Niamey.
N�ger, que enfrenta h� v�rios anos as viol�ncia dos grupos fundamentalistas, est� novamente de luto por outro ataque.
Dezessete soldados nigerinos morreram e 20 ficaram feridos na ter�a-feira (15) � tarde em "uma emboscada terrorista perto da cidade de Koutougou", na regi�o de Tillaberi (sudoeste), perto da fronteira com Burkina Faso, informou o Minist�rio da Defesa.
Este foi o ataque mais violento desde o golpe de Estado. Os militares tomaram o poder sob a alega��o de que a seguran�a do pa�s estava em risco.
- Diplomacia -
Tr�s semanas ap�s o golpe, a possibilidade de uma interven��o militar dos pa�ses da Comunidade Econ�mica de Estados da �frica Ocidental (Cedeao) ainda persiste.
Os comandantes do Estado-Maior dos pa�ses membros do organismo se reunir�o em Acra, Gana, para abordar os detalhes da poss�vel opera��o.
Os apelos por uma resolu��o pac�fica da crise aumentaram nos �ltimos dias, incluindo v�rias pot�ncias ocidentais, como os Estados Unidos.
"Seguimos concentrados na via diplom�tica para conseguir (...) o retorno � ordem constitucional. Acredito que ainda existe margem para alcan�ar este resultado por meio da diplomacia", declarou na ter�a-feira o secret�rio de Estado americano, Antony Blinken.
O presidente da R�ssia, Vladimir Putin, tamb�m pediu uma resolu��o "pol�tica e diplom�tica pac�fica" da crise durante uma conversa por telefone com Assimi Goita, l�der dos militares que governam o Mali.
Os militares no poder em Niamey buscam aliados na regi�o.
O primeiro-ministro nomeado pelo regime, Ali Mahaman Lamine Zeine, viajou ao Chade, onde foi recebido pelo presidente do pa�s.
Zeine transmitiu uma mensagem do novo homem forte do N�ger, o general Abdourahamane Tiani, para expressar "irmandade e renovar o sentimento de boa vizinhan�a" entre os dois pa�ses.
- "Processo de transi��o" -
Pela primeira vez, Zeine mencionou que o pa�s est� em um "processo de transi��o", mas n�o divulgou um prazo para elei��es que levariam o pa�s novamente � ordem constitucional.
Chade, um pa�s que tem um grande contingente militar, antecipou na semana passada que n�o participaria de uma interven��o da Cedeao, organiza��o que n�o integra.
Mali e Burkina Faso, tamb�m governados por militares que deram golpes de Estado em 2020 e 2022, expressaram rapidamente apoio aos generais de Niamey.
O presidente Bazoum permanece detido desde 26 de julho e os militares afirmaram que pretendem process�-lo por "alta trai��o".
O regime militar afirma que uma opera��o b�lica contra o pa�s seria uma "agress�o ilegal" e receberia uma "resposta imediata".
O Ex�rcito nigerino est� mobilizado h� v�rios anos para o combate contra os grupos fundamentalistas, em particular na grande regi�o de Tillaberi, na �rea conhecida como "tr�s fronteiras", entre N�ger, Burkina Faso e Mali.
E foi exatamente nesta �rea, reduto de jihadistas, que aconteceu o ataque de ter�a-feira.
Antes do golpe de Estado, a Fran�a, ex-pot�ncia colonial com 1.500 soldados mobilizados no N�ger, participava ativamente ao lado do Ex�rcito nigerino na luta contra os grupos extremistas.
NIAMEY