O procedimento faz parte de um grande experimento focado na implanta��o de �rg�os entre esp�cies, a fim de reduzir a fila de espera para um transplante.
Mais de 103 mil pessoas esperam para receber um �rg�o nos Estados Unidos, e 88 mil precisam de rins.
"Este trabalho demonstra que um rim de porco - com apenas uma �nica modifica��o gen�tica e sem medica��es ou dispositivos experimentais - pode substituir a fun��o de um rim humano por pelo menos 32 dias sem ser rejeitado", explicou o m�dico Robert Montgomery, diretor do Instituto de Transplante Langone da Universidade de Nova York (NYU).
Montgomery realizou o primeiro transplante de rim de um porco modificado geneticamente em um ser humano em setembro de 2021, seguido por um procedimento semelhante dois meses depois. Desde ent�o, houve outros casos.
Enquanto nos transplantes anteriores os rins apresentavam at� 10 modifica��es gen�ticas, o �ltimo procedimento apresentou apenas uma: no gene envolvido na chamada "rejei��o hiperaguda", que supostamente ocorre poucos minutos ap�s conectar um �rg�o animal a um sistema circulat�rio humano.
Ao eliminar o gene respons�vel pela biomol�cula chamada alfa-gal, que seria o alvo principal dos anticorpos humanos, a equipe da Langone conseguiu interromper a rejei��o imediata.
"Agora reunimos mais evid�ncias mostrando que, pelo menos nos rins, apenas eliminar o gene que desencadeia uma rejei��o hiperaguda pode ser suficiente, em conjunto com f�rmacos imunossupressores clinicamente aprovados, para conduzir com sucesso um transplante em um humano, at� conseguir um rendimento �timo, possivelmente a longo prazo", concluiu Montgomery.
Os pesquisadores tamb�m inseriram a gl�ndula timo do porco -respons�vel por educar o sistema imunol�gico - na camada externa do rim, para evitar uma rejei��o posterior.
O paciente teve ambos os rins removidos e um implantado, que imediatamente come�ou a produzir urina.
Os testes mostraram que os n�veis de creatinina, um produto residual, estavam em n�veis �timos e n�o havia sinais de rejei��o.
� importante que n�o seja detectada nenhuma evid�ncia de citomegalov�rus su�no - que pode desencadear fal�ncia de �rg�os. A equipe planeja continuar com o monitoramento por mais um m�s.
A pesquisa foi poss�vel porque o paciente, um homem de 57 anos, decidiu colocar seu corpo � disposi��o da ci�ncia.
Em janeiro de 2022, cirurgi�es da Escola de Medicina da Universidade de Maryland realizaram o primeiro transplante de um porco para um humano.
No entanto, o paciente faleceu dois meses depois e sua morte foi atribu�da � presen�a de citomegalov�rus su�no no �rg�o.
WASHINGTON