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Estado de Minas M�XICO

Entre o entusiasmo e a frustra��o, f�s esperam Taylor Swift na Am�rica Latina


21/08/2023 14:40
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Renan enfrentou assaltantes no Brasil, defendendo seu sonho de ver Taylor Swift; Ingrid denuncia "abuso" no M�xico pelo alto valor dos ingressos; Iara faz fila h� meses na Argentina para garantir o melhor lugar no show.

A Am�rica Latina aguarda a grande estrela do pop com entusiasmo, mas tamb�m com frustra��o: muitos f�s s�o jovens em dificuldades econ�micas, apesar de custearem o alto valor dos ingressos e n�o se resignarem diante de aparentes irregularidades na venda das entradas.

Aproveitar a "The Eras Tour", a primeira turn� da americana na regi�o - ela participou de eventos pontuais no M�xico em 2011 e no Brasil em 2012 - se tornou uma custosa odisseia.

No Rio de Janeiro, Renan Rodrigues, DJ de 24 anos, acampou v�rias noites em frente � bilheteria do est�dio Nilton Santos, onde Swift se apresentar� entre 17 e 19 de novembro.

DJ Firmino, conhecido por tocar nas festas tem�ticas dos "swifties" (apelido dos f�s), conseguiu ingressos para os tr�s shows, mas tomou uma garrafada na cabe�a ao resistir a um assalto durante a espera na fila.

"Queriam levar meu celular, que tinha o cart�o da pr�-venda dentro da capa (...). Na hora s� pensei: n�o v�o levar meu cart�o!", relatou Rodrigues, que sofreu ferimentos leves.

- "Abuso" -

Os ingressos no Brasil custaram entre 190 e 1.050 reais. No M�xico, os f�s devem desembolsar mais: entre 55 e 614 d�lares (entre 275 e 3.060 reais), em um pa�s onde os jovens recebem um sal�rio m�dio de 366 d�lares mensais (1.824 reais), segundo dados oficiais.

Ingrid Cruz, fundadora do f�-clube oficial mexicano, lamenta que tenham os ingressos mais caros da regi�o, pois acredita que se priorizou vender "pacotes VIP" antes dos ingressos comuns.

O pacote mais caro no M�xico � 959 d�lares (4.780 reais), contra 613 (3.055 reais) na Argentina. "Foi muito abuso", reclama.

Consumidores tamb�m denunciam problemas na plataforma de vendas americana Ticketmaster, que opera no M�xico como parte do poderoso grupo CIE, que concentra quase 65% do mercado local de espet�culos ao vivo.

"Swifties" mexicanos questionaram o sistema de pr�-venda para os quatros shows na Cidade do M�xico, que come�ar�o nesta quinta-feira, baseado em um registro pr�vio de "f�s verificados" por e-mail.

Ironicamente, Joel Aguilar, criador da Taylor Swift MX, 'fanpage' com aproximadamente 20.000 seguidores de 20 pa�ses, nunca recebeu o link exclusivo para comprar os ingressos.

"Nenhum dos e-mails foi selecionado", conta o jovem de 26 anos, cujos familiares e amigos se registraram para ajud�-lo. Apenas conseguiu entrada na �ltima fila.

Denisse Castro, de 26 anos e desempregada h� seis meses, fez malabarismos para forjar um hist�rico de cr�dito para obter o cart�o do banco patrocinador do show.

Para sua infelicidade, o banco restringiu a venda dos ingressos. "Foi horr�vel", lamenta Denisse, que acabou adquirindo os mais baratos.

- Processo -

A Ticketmaster enfrenta no M�xico uma "a��o coletiva" na procuradoria do consumidor (Profeco) por reclama��es de consumidores entre 2020 e 2022, incluindo o caos por ingressos falsos para um show do portorriquenho Bad Bunny em dezembro passado.

Pressionada pela Casa Branca, a empresa aceitou em junho tornar os seus custos nos Estados Unidos transparentes e recebeu reclama��es contundentes de artistas como Robert Smith - l�der do The Cure - pelas taxas excessivas.

As den�ncias no M�xico incluem clonagem de ingressos, demora em reembolsos e a falta de mecanismos de concilia��o com os clientes, detalha Maximilian Murck, cofundador da Tec-Check, organiza��o de defesa do consumidor online.

A Ticketmaster n�o respondeu os pedidos da AFP para comentar o processo.

No entanto, a empresa lan�ou h� uma semana um novo ingresso digital que evitaria falsifica��es mediante c�digos de barras, em substitui��o aos ingressos impressos, al�m de um "bot�o de ajuda" para clientes.

- Governantes "swifties" -

A paix�o pela ganhadora de 11 pr�mios Grammy chegou ao �xtase em Buenos Aires, onde um grupo de f�s montou um acampamento em junho do lado de fora do est�dio do River Plate, cinco meses antes do show, para poder ficar perto do palco.

Eles devem cumprir uma regra: passar 28 horas por m�s nas barracas at� somar 200 e garantir seu lugar.

"Vai ser um fervor total", prev� Iara Palavencino, uma das que acampam no local. "Dou a vida pela Taylor". Na Argentina, os ingressos se esgotaram r�pido, apesar da grave crise econ�mica.

O entusiasmo alcan�a tamb�m as mais altas esferas. O presidente chileno, Gabriel Boric, autoproclamado "swiftie", escreveu para a cantora na rede social X (antigo Twitter), pedindo-lhe que inclu�sse seu pa�s em uma pr�xima turn�.

O mesmo fez o primeiro-ministro canadense Justin Trudeau, que conseguiu que a artista, que havia exclu�do o Canad�, anunciasse seis datas em Toronto para 2024.

Taylor Swift � tamb�m um fen�meno intergeracional, a julgar por f�s como o ex-presidente da Suprema Corte do M�xico, Arturo Zald�var, de 64 anos. "N�o h� nada de trivial em Taylor Swift", escreveu o juiz em junho em um jornal.

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