"Esperamos que a meteorologia nos ajude para poder definitivamente nas pr�ximas horas, nos pr�ximos dias, dar o inc�ndio como estabilizado", disse S�nchez em uma visita ao arquip�lago atl�ntico, ao apontar que "as pr�ximas horas v�o ser muito importantes".
S�nchez tamb�m anunciou que o governo ir� declarar zona de cat�strofe natural no local do inc�ndio, a fim de agilizar recursos para a popula��o afetada, ao assegurar que Madri "vai se envolver (...) nos trabalhos de reconstru��o".
A visita do chefe de governo � regi�o nordeste de Tenerife ocorreu em um momento no qual as autoridades locais se mostravam relativamente otimistas sobre a evolu��o do inc�ndio.
"Provavelmente, em muito pouco tempo" o inc�ndio poder� ser dado como "estabilizado", disse em coletiva de imprensa um encarregado dos servi�os de emerg�ncia das Can�rias, Federico Grillo, segundo quem isto depender� da evolu��o das chamas nesta segunda, o que at� o momento "n�o � ruim".
Na tarde desta segunda, parte das mais de 12.000 pessoas evacuadas puderam voltar para suas casas.
As autoridades recomendaram o uso de m�scara aos moradores da regi�o por causa da fuma�a.
No total, j� foram queimados 14.878 hectares em Tenerife, a maior das sete ilhas das Can�rias.
A �rea destru�da pelo inc�ndio, um dos piores registrados no arquip�lago, corresponde a 7,3% da extens�o total de 203.400 hectares da ilha.
Mais de 600 bombeiros combatem as chamas, ajudados por 22 unidades a�reas, informou nesta segunda a Prote��o Civil, que destacou que 12 munic�pios foram afetados.
- Inc�ndio criminoso? -
Perguntado sobre a origem do inc�ndio, o presidente regional das Can�rias, Fernando Clavijo, disse � televis�o p�blica TVE que o fogo foi "provocado", apesar de n�o ter dado mais detalhes, e se perguntou "como algu�m pode ser t�o ruim e t�o sem cabe�a para p�r a vida de tantas pessoas em perigo".
Consultada pela AFP, a Guarda Civil das Can�rias, no entanto, n�o confirmou a hip�tese de um inc�ndio premeditado. "Continuamos investigando (...) H� muitas probabilidades de que seja isso, mas n�o se descarta nada" ainda, disse um porta-voz.
O inc�ndio come�ou em meio �s duas ondas de calor na ilha, que tem muitas �reas secas, o que aumenta o risco de inc�ndios florestais.
Segundo os especialistas, os fen�menos meteorol�gicos extremos se intensificaram recentemente devido � mudan�a clim�tica, o que tem provocado ondas de calor e per�odos de seca cada vez mais frequentes, prolongados e intensos.
A Espanha, que desde o domingo vive sua quarta onda de calor do ver�o, est� na linha de frente na Europa no combate ao aquecimento global e suas consequ�ncias.
Em 2022, o pa�s sofreu 500 inc�ndios que destru�ram mais de 300.000 hectares, segundo o Sistema Europeu de Informa��o sobre Inc�ndios Florestais (Effis).
De acordo com o Effis, ao longo do ano, quase 76.000 hectares foram destru�dos por 340 inc�ndios nesse pa�s.
ARAFO