As chamadas "barcas penitenci�rias" teriam capacidade para "300 ou 400 presos" e seriam localizadas "em �guas equatorianas", a 80 milhas da costa. Contariam com "assist�ncia das For�as Armadas para proteg�-las", explicou o empres�rio milion�rio � imprensa estrangeira na cidade portu�ria de Guayaquil.
Noboa, de 35 anos, alcan�ou um surpreendente segundo lugar nas elei��es gerais antecipadas no domingo, com 23% dos votos. Disputar� o segundo turno em 15 de outubro contra a candidata de esquerda Luisa Gonz�lez (34%), apoiada pelo ex-presidente socialista Rafael Correa (2007-2017).
Em um pa�s mergulhado na viol�ncia e encurralado pelos cart�is de tr�fico de drogas que usam as pris�es como centros de opera��es, Noboa levanta a bandeira da seguran�a p�blica como a principal necessidade do Equador.
"Temos um problema que � o tempo. Construir uma pris�o leva muito tempo, pelo menos dois anos para faz�-la. J� consertar adequadamente as que temos e incorpor�-las a um sistema de pris�es em barcos pode ajudar a isolar os criminosos mais violentos", explicou Noboa anteriormente em uma entrevista para o canal de televis�o Ecuavisa.
Dessa forma, "protegemos a integridade f�sica dos n�o violentos e isolamos os violentos, muitos dos quais cometem crimes a partir das pris�es", acrescentou.
Segundo os c�lculos de Noboa, o aluguel das barcas prisionais custaria 8 milh�es de d�lares (cerca de 40 milh�es de reais na cota��o atual) por ano cada uma, se adquiridas por contratos de 8 a 10 anos. "Para compr�-las, neste momento, o Equador n�o tem dinheiro", afirmou.
Noboa chegou de surpresa ao segundo turno, uma semana ap�s o assassinato do candidato Fernando Villavicencio, que estava em segundo lugar nas pesquisas. Ele � apoiado por for�as de direita que pedem uma m�o de ferro contra as organiza��es criminosas, embora insista em se apresentar como um "empres�rio com cora��o" e um "social-democrata moderado".
O outrora pac�fico pa�s sul-americano se transformou nos �ltimos anos no teatro de guerra de cart�is, que imp�em um regime de terror com matan�as, sequestros e extors�es.
Grupos ligados a cart�is mexicanos e colombianos disputam o controle do neg�cio de drogas e usam para suas opera��es as pris�es, onde ocorreram massacres que resultaram em mais de 430 detentos mortos desde 2021.
No ano passado, o Equador alcan�ou um recorde de 26 homic�dios por cada 100.000 habitantes, quase o dobro de 2021, e espera-se que a taxa suba para 40 neste ano.
GUAYAQUIL