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Estado de Minas GUAYAQUIL

Barcas penitenci�rias, a aposta do presidenci�vel Noboa contra a viol�ncia no Equador


22/08/2023 16:26
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Como enfrentar os cart�is de drogas em um Equador cada vez mais violento? O candidato presidencial de direita Daniel Noboa prop�s nesta ter�a-feira (22) criar um sistema de pris�es em barcos em alto mar para afastar os detentos dos "n�o violentos" e desconect�-los de suas redes criminosas.

As chamadas "barcas penitenci�rias" teriam capacidade para "300 ou 400 presos" e seriam localizadas "em �guas equatorianas", a 80 milhas da costa. Contariam com "assist�ncia das For�as Armadas para proteg�-las", explicou o empres�rio milion�rio � imprensa estrangeira na cidade portu�ria de Guayaquil.

Noboa, de 35 anos, alcan�ou um surpreendente segundo lugar nas elei��es gerais antecipadas no domingo, com 23% dos votos. Disputar� o segundo turno em 15 de outubro contra a candidata de esquerda Luisa Gonz�lez (34%), apoiada pelo ex-presidente socialista Rafael Correa (2007-2017).

Em um pa�s mergulhado na viol�ncia e encurralado pelos cart�is de tr�fico de drogas que usam as pris�es como centros de opera��es, Noboa levanta a bandeira da seguran�a p�blica como a principal necessidade do Equador.

"Temos um problema que � o tempo. Construir uma pris�o leva muito tempo, pelo menos dois anos para faz�-la. J� consertar adequadamente as que temos e incorpor�-las a um sistema de pris�es em barcos pode ajudar a isolar os criminosos mais violentos", explicou Noboa anteriormente em uma entrevista para o canal de televis�o Ecuavisa.

Dessa forma, "protegemos a integridade f�sica dos n�o violentos e isolamos os violentos, muitos dos quais cometem crimes a partir das pris�es", acrescentou.

Segundo os c�lculos de Noboa, o aluguel das barcas prisionais custaria 8 milh�es de d�lares (cerca de 40 milh�es de reais na cota��o atual) por ano cada uma, se adquiridas por contratos de 8 a 10 anos. "Para compr�-las, neste momento, o Equador n�o tem dinheiro", afirmou.

Noboa chegou de surpresa ao segundo turno, uma semana ap�s o assassinato do candidato Fernando Villavicencio, que estava em segundo lugar nas pesquisas. Ele � apoiado por for�as de direita que pedem uma m�o de ferro contra as organiza��es criminosas, embora insista em se apresentar como um "empres�rio com cora��o" e um "social-democrata moderado".

O outrora pac�fico pa�s sul-americano se transformou nos �ltimos anos no teatro de guerra de cart�is, que imp�em um regime de terror com matan�as, sequestros e extors�es.

Grupos ligados a cart�is mexicanos e colombianos disputam o controle do neg�cio de drogas e usam para suas opera��es as pris�es, onde ocorreram massacres que resultaram em mais de 430 detentos mortos desde 2021.

No ano passado, o Equador alcan�ou um recorde de 26 homic�dios por cada 100.000 habitantes, quase o dobro de 2021, e espera-se que a taxa suba para 40 neste ano.


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