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Estado de Minas PEQUIM

Nova medida de T�quio preocupa amantes da comida japonesa na China


23/08/2023 11:47
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Yao, propriet�rio de um restaurante em Pequim, enfrenta um dilema face ao iminente despejo de �gua de Fukushima no mar do Jap�o: continuar servindo atum japon�s com o risco de perder clientes, ou encontrar novos fornecedores.

Os amantes da comida japonesa est�o preocupados com a decis�o de T�quio de despejar a �gua acumulada na usina nuclear danificada de Fukushima no Oceano Pac�fico a partir desta quinta-feira (24).

Doze anos ap�s a pior cat�strofe nuclear desde o acidente de Chernobyl, o plano do governo japon�s recebeu sinal verde da Ag�ncia Internacional de Energia At�mica (IAEA na sigla em ingl�s), mas Pequim se op�s e desde julho proibiu a importa��o de produtos aliment�cios de 10 departamentos japoneses, incluindo Fukushima.

Hong Kong fez o mesmo nesta ter�a-feira (22), e agora restaurantes de comida japonesa est�o "sentindo os efeitos", conta Yao, cujos clientes perguntam cada vez mais sobre a origem do atum de seu estabelecimento.

Em Hong Kong, Jasy Choi, que vende pratos japoneses para viagem, explica que a proibi��o imposta pelas autoridades locais ir� afetar o seu neg�cio.

"Cerca de 80% dos frutos do mar que usamos v�m do Jap�o", explica o chef de 36 anos.

- Tr�tio radioativo -

A China continental e Hong Kong, com 500 bilh�es de ienes (cerca de US$ 3,44 bilh�es ou R$ 17 bilh�es na cota��o atual), s�o os maiores importadores mundiais de produtos aliment�cios japoneses, de acordo com o Minist�rio da Agricultura do Jap�o.

Liu Dan, uma consumidora desta culin�ria est� preocupada com a nova medida.

"A partir de 24 de agosto, direi aos meus filhos e ao meu marido que evitem esses produtos", explica ela, que n�o se convence com os v�rios relat�rios, incluindo o da AIEA, segundo os quais a �gua lan�ada n�o representa um risco para a sa�de.

Embora o l�quido em quest�o tenha sido tratado para eliminar a maior parte dos res�duos radioativos, o tr�tio, um radionucl�deo perigoso para os seres humanos em concentra��es elevadas, n�o conseguiu ser suprimido.

O especialista nuclear Tony Hooker, da Universidade de Adelaide (Austr�lia), explicou que este elemento � liberado pelas usinas h� "d�cadas" sem efeitos nocivos ao meio ambiente ou � sa�de. Sobretudo porque o n�vel presente nas �guas de Fukushima est� bem abaixo do limite estabelecido pela Organiza��o Mundial da Sa�de, argumenta.

No entanto, a opini�o entre propriet�rios de restaurantes est� dividida.

Fang Changsheng, dono de um estabelecimento em um bairro de Pequim conhecido pela culin�ria japonesa, decidiu apostar em produtos do Chile, Espanha ou R�ssia.

J� Jacky Wong, que possui um pequeno restaurante em Hong Kong, acredita que "sempre haver� pessoas para quem (o despejo da �gua de Fukushima) n�o � um problema", ressaltando que "alguns frutos do mar do Jap�o s�o dif�ceis de substituir".

Opini�o corroborada por outros colegas do setor como Jasy Choi.

"Embora existam produtos substitutos da China, Coreia do Sul ou Austr�lia, n�o tenho a certeza se os quero oferecer aos meus clientes", afirma ele.


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