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Estado de Minas CABUL

Dezenas de afeg�s s�o impedidas de estudar nos Emirados �rabes Unidos


24/08/2023 14:12
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Dezenas de afeg�s foram bloqueadas no aeroporto de Cabul nesta quinta-feira (24), quando seguiriam para os Emirados �rabes Unidos, onde conseguiram bolsas de estudos, disse uma delas � AFP.

Laila � uma das cerca de 30 mulheres patrocinadas pelo conhecido empres�rio Jalaf Ahmad Al Habtoor, que iria financiar seus estudos no pa�s do Golfo.

Ela afirmou que homens uniformizados impediram sua passagem pelo port�o de embarque, indicando que haviam recebido a ordem de impedir que cidad�os com visto de estudante sa�ssem do pa�s.

As autoridades talib�s n�o responderam aos pedidos de coment�rios feitos pela AFP.

Desde a volta dos talib�s ao poder em agosto de 2021, as jovens n�o est�o autorizadas a frequentar escolas de ensino m�dio e universidades.

"Nossa �nica esperan�a era ir para o exterior", declarou Laila, de 22 anos, que ia come�ar o curso de direito.

Jalaf Ahmad Al Habtoor afirmou que cerca de 100 mulheres receberam bolsas de estudo em colabora��o com a Universidade do Dubai e que funcion�rios do grupo Al Habtoor, que fundou e preside, trabalharam durante meses para garantir que tudo estivesse pronto para a sua chegada.

"As autoridades afeg�s impediram sua partida, sem qualquer justificativa, restringindo injustamente a sua liberdade (...) Pe�o a todas as partes envolvidas que intervenham rapidamente para assistir e ajudar estas estudantes em dificuldade", pediu.

Ele acrescentou que as mulheres "t�m o direito de estudar, t�m o direito de fazer tudo o que os homens fazem e n�o devem abrir exce��o a este respeito".

"O que eles fizeram foi mant�-las como prisioneiras para impedir que outras pessoas as ajudem a estudar", afirmou indignada Heather Barr, codiretora da divis�o de Direitos das Mulheres da organiza��o Human Rights Watch, denunciando "um per�odo preocupante".

Nos dois anos ap�s sua tomada de poder, as autoridades talib�s impuseram leis que seguem sua interpreta��o estrita do isl�, na qual as mulheres carregam um fardo que as Na��es Unidas chamaram de "Apartheid de g�nero".

As mulheres afeg�s j� n�o podem continuar seus estudos ap�s o ensino fundamental, trabalhar em ONGs e foram exclu�das da maioria dos cargos na fun��o p�blica. Tamb�m n�o podem ir a parques, nem a est�dios, e devem se cobrir inteiramente com um v�u ao sair de casa.

"� muito dif�cil imaginar como ser� o meu futuro sem educa��o", destacou Laila, que permaneceu horas no aeroporto com as outras estudantes, � espera de uma resposta, ou de uma solu��o.


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