Argentina, Egito, Eti�pia, Ar�bia Saudita, Ir� e Emirados �rabes Unidos ser�o incorporados ao grupo em 1� de janeiro de 2024.
"Com esta c�pula, o Brics inicia um novo cap�tulo", afirmou Ramaphosa, ao encerrar esta c�pula de tr�s dias em Johannesburgoao encerrar esta c�pula de tr�s dias.
"A presen�a, neste encontro do Brics, de dezenas de l�deres de outros pa�ses pa�ses do Sul Global mostra que o mundo � mais complexo do que a mentalidade de Guerra Fria que alguns querem restaurar", declarou Lula.
"�ramos chamados de Terceiro Mundo. Agora, somos Sul Global. � um passo importante porque o mundo est� mudando", acrescentou na rede social X (antigo Twitter).
O presidente Lula tamb�m dedicou uma "mensagem especial" ao presidente argentino, Alberto Fern�ndez, um "grande amigo do Brasil e do mundo em desenvolvimento".
Em Buenos Aires, Fern�ndez disse que a Argentina desejava integrar o Brics "por ser um referente geopol�tico e financeiro importante, embora n�o o �nico, para este mundo em desenvolvimento".
Para o presidente da China, Xi Jinping, as discuss�es resultaram em uma "amplia��o hist�rica", que antecipa um "futuro radiante para os pa�ses do bloco".
O Ir�, alvo de san��es econ�micas ocidentais, comemorou sua ades�o como um "sucesso estrat�gico para a pol�tica externa da Rep�blica Isl�mica".
Riade teve uma rea��o um pouco mais cautelosa: o ministro das Rela��es Exteriores da Ar�bia Saudita, pr�ncipe Faisal bin Farhan, disse que "apreciou o convite", embora espere por detalhes sobre "a natureza da ades�o".
O Brics tamb�m estuda a possibilidade de criar uma moeda de refer�ncia para seus interc�mbios comerciais, desafiando a hegemonia do d�lar no com�rcio internacional.
"Essa medida poder� aumentar nossas op��es de pagamento e reduzir nossas vulnerabilidades", disse Lula.
As estruturas de governan�a global "refletem o mundo de ontem", reconheceu o secret�rio-geral da ONU, Ant�nio Guterres, presente na c�pula. As institui��es multilaterais, acrescentou, "devem ser reformadas para refletir o poder e as realidades econ�micas atuais".
- "Discuss�es intensas" -
Cerca de 40 pa�ses solicitaram a ades�o ou demonstraram interesse de entrar para o bloco criado em 2009, que representa quase 25% do PIB e 42% da popula��o mundial.
As negocia��es aconteceram durante uma sess�o plen�ria na quarta-feira, a portas fechadas. A c�pula tamb�m foi marcada por v�rios encontros bilaterais.
"As discuss�es foram bastante intensas e houve alguns problemas", afirmou o ministro russo de Rela��es Exteriores, Sergei Lavrov, em uma rara apari��o diante dos meios de comunica��o. A elei��o ocorreu em fun��o do "peso, da autoridade" e "da posi��o sobre o cen�rio internacional" dos candidatos, acrescentou o chanceler.
O presidente russo, Vladimir Putin, alvo de uma ordem de pris�o internacional por crimes de guerra na Ucr�nia, participou da c�pula por videoconfer�ncia.
- "P�rias internacionais" -
Segundo observadores, os pa�ses-membros devem encontrar um equil�brio entre sua proximidade com China e R�ssia e o risco de um distanciamento de um parceiro comercial importante como s�o os Estados Unidos.
O bloco em breve reunir� "o maior rival geopol�tico dos EUA (China) e um dos seus aliados estrat�gicos hist�ricos (Ar�bia Saudita)", assim como "dois p�rias internacionais do ponto de vista ocidental", R�ssia e Ir�, apontou o grupo de especialistas Oxford Economics Africa.
Os Estados Unidos minimizaram, nesta quinta, a ades�o dos seis novos membros ao Brics, afirmando que continuar� a trabalhar com seus parceiros pelo mundo.
"Os Estados Unidos reiteram sua cren�a de que os pa�ses podem escolher os parceiros e se unirem a quem quiserem se associar", disse um porta-voz do Departamento de Estado.
"Vamos continuar a trabalhar com nossos parceiros e aliados em f�runs bilaterais, regionais e multilaterais para fortalecer nossa prosperidade comum e sustentar nossa paz e seguran�a global", acrescentou.
Para Ziyanda Stuurman, do Eurasia Group, as ambi��es de expans�o da China provavelmente influenciaram na decis�o de ampliar o bloco rapidamente. Vista a nova composi��o, Pequim poderia ficar em vantagem, indicou.
Mas ao mesmo tempo, "tamb�m � poss�vel que o aumento do n�mero de membros fa�a com que o grupo seja menos coerente do ponto de visto geopol�tico", acrescentou a especialista.
Alian�a heterog�nea, o Brics reivindica um equil�brio mundial mais inclusivo. Durante o encontro, o grupo reafirmou a posi��o de "n�o alinhamento", em um contexto de divis�es provocadas pelo conflito na Ucr�nia.
JOHANNESBURGO