Bullrich antecipou que deixar� sem efeito a entrada no bloco se assumir o poder em 10 de dezembro. Milei disse que n�o quer lidar com na��es governadas pela esquerda.
"N�o vou promover neg�cios com comunistas porque n�o respeitam os par�metros b�sicos de livre com�rcio, liberdade e democracia, � geopol�tica", afirmou Milei, candidato a presidente do partido La Libertad Avanza, o mais votado nas recentes elei��es prim�rias, com 30%.
"A Argentina, sob nosso governo, n�o vai ficar nos Brics", declarou, por sua vez, Bullrich, candidata do Juntos por el Cambio, que obteve 28% dos votos nas prim�rias, em 13 de agosto.
Ambos os candidatos participaram de uma confer�ncia da organiza��o empresarial americana Council of Americas que reuniu em Buenos Aires l�deres pol�ticos tanto governistas quanto opositores.
O ministro da Economia e candidato presidencial do governo peronista, Sergio Massa, terceiro colocado nas prim�rias (27% dos votos), discordou de seus advers�rios e pediu "responsabilidade em suas declara��es".
"Os dois maiores compradores dos produtos argentinos s�o o Brasil e a China. O que significa sair do BRICS para os trabalhadores de um frigor�fico que vende toneladas de carne para a China?", disse Massa em uma coletiva de imprensa ap�s seu discurso na confer�ncia.
Massa acrescentou: "Frases s�o ditas que podem parecer simp�ticas para fazer manchetes na imprensa, mas quero alertar os opositores de que temos um swap cambial bilion�rio do nosso Banco Central com a China, que ser� automaticamente desativado se sairmos do Brics. Isso nos causaria um grande preju�zo" em termos de reservas monet�rias.
- Argentina nos Brics -
Nesta quinta-feira, em Joanesburgo, �frica do Sul, os Brics anunciaram a amplia��o do grupo - que re�ne 24% do PIB global e 42% da popula��o mundial - com seis novos membros. Al�m da Argentina, ser�o adicionados Egito, Eti�pia, Ar�bia Saudita, Ir� e Emirados �rabes.
Milei, que durante a confer�ncia voltou a insistir em sua proposta eleitoral de dolarizar a economia argentina, a terceira maior da Am�rica Latina, disse que se chegar ao poder, permitiria os neg�cios privados acordados nos pa�ses do Brics. "N�o vou me meter nisso, � o livre mercado", garantiu.
Bullrich defendeu sua rejei��o citando a invas�o da Ucr�nia pela R�ssia e o fato de que alguns altos funcion�rios do Ir� foram investigados na Argentina por sua suposta responsabilidade no atentado contra a Associa��o Mutual Israelita (AMIA) de 1994, em Buenos Aires, que deixou 85 mortos.
O presidente peronista Alberto Fern�ndez, que optou por n�o buscar a reelei��o, respondeu a Bullrich: "N�o entende o que est� dizendo, a pol�tica externa n�o tem ideologias", afirmou � Radio Perfil.
Mais cedo, em uma mensagem ao pa�s, Fern�ndez disse que a incorpora��o "� alian�a dos pa�ses mais importantes das economias emergentes abre um novo cen�rio para a Argentina", que convive com mais de 100% de infla��o interanual e 40% de pobreza.