An�lise gen�tica confirma a morte de Prigozhin, l�der de Wagner

A R�ssia confirmou oficialmente neste domingo (27) a morte de Yevgueni Prigozhin, l�der do grupo paramilitar russo Wagner, cujo avi�o caiu na quarta-feira, em meio a crescentes d�vidas sobre a causa do acidente.

O avi�o particular que transportava Prigozhin e seus colaboradores pr�ximos caiu na quarta-feira na regi�o de Tver, a noroeste de Moscou.

Depois de realizar uma "an�lise gen�tica molecular", foi estabelecido que as identidades das dez v�timas cujos corpos foram encontrados "correspondem � lista" de passageiros e tripulantes do avi�o, incluindo Prigozhin, afirmou o Comit� de Investiga��o russo em um comunicado.

A lista inclu�a o seu bra�o direito, Dmitri Utkin, chefe de opera��es do grupo paramilitar, cuja exist�ncia foi reconhecida pelo Kremlin apenas no final de 2022.

O acidente ocorreu exatamente dois meses depois de Wagner ter organizado um motim contra a lideran�a militar de Moscou, o que provocou uma onda de especula��es.

Os governos ocidentais e os opositores do presidente russo, Vladimir Putin, insinuaram que o Kremlin poderia estar por tr�s do ocorrido.

O Kremlin nega essas acusa��es e Putin prometeu na quinta-feira uma investiga��o "completa" do caso.

Os investigadores russos at� agora n�o mencionaram nenhuma hip�tese sobre as causas do acidente.

Altares improvisados

O presidente de Belarus, pa�s aliado de Moscou, Alexander Lukashenko, expressou seu apoio ao Kremlin e disse que "n�o conseguia imaginar" o presidente russo dando a ordem para assassinar o l�der de Wagner.

Desde a queda do avi�o, altares improvisados a Prigozhin foram erguidos em v�rias cidades do pa�s, de Novosibirsk (oeste da Sib�ria) a S�o Petersburgo (noroeste).

Pequenos memoriais ilustram sua popularidade nas �reas onde Wagner tinha centros de treinamento.

"Os inimigos mataram-no (...), mas esperamos que haja vingan�a contra aqueles que cometeram este crime", disse um simpatizante de Prigozhin a jornalistas neste domingo, do lado de fora de um memorial repleto de flores em Moscou.

Prigozhin e Utkin "permanecer�o na nossa hist�ria como verdadeiros her�is, como um exemplo do tipo de pessoas que devemos ser", acrescentou este homem, vestido com uma camiseta com a letra "Z" mai�scula, s�mbolo da ofensiva russa na Ucr�nia.

Putin acusou Prigozhin, que conhecia desde a d�cada de 1990, de ser um "traidor" depois de ter liderado um motim armado nos dias 23 e 24 de junho contra a c�pula militar russa.

A rebeli�o abortada de Wagner abalou o governo russo em meio ao conflito com a Ucr�nia.

Ataques com drones

Depois de um longo sil�ncio, Putin destacou na quinta-feira a "contribui��o" de Prigozhin para a ofensiva na Ucr�nia, apesar dos seus "erros".

Prigozhin recuou em junho, depois que um acordo foi fechado para que ele pudesse se exilar com seus homens em Belarus. As acusa��es contra ele foram retiradas.

Mas o l�der de Wagner continuou viajando para a R�ssia e em junho visitou o Kremlin pelo menos uma vez.

O grupo Wagner, que deixou a Ucr�nia ap�s o motim, ainda est� presente na �frica, embora o seu futuro esteja incerto. O grupo foi acusado de abusos, execu��es extrajudiciais e tortura.

A confirma��o da morte de Prigozhin coincide com o aumento dos ataques entre R�ssia e Ucr�nia.

A R�ssia informou neste domingo que as suas regi�es fronteiri�as foram mais uma vez alvo de ataques de drones. A Ucr�nia, por sua vez, relatou um bombardeio noturno. O Minist�rio da Defesa russo disse ter derrubado dois drones ucranianos que sobrevoavam regi�es fronteiri�as.

Pouco antes, o governador de Belgorod havia informado que um drone havia matado um homem.

Na regi�o de Kursk, tamb�m na fronteira, o governador anunciou que um drone colidiu com um pr�dio residencial durante a noite.

"N�o houve inc�ndios, nenhum dos moradores ficou ferido", afirmou Roman Starovoit nas redes sociais.

A capital e outras regi�es russas foram alvo de ataques de drones nos �ltimos dias.