"Descobrimos recentemente o t�mulo de uma figura de 3.000 anos de idade no s�tio arqueol�gico de Pacopampa", na regi�o de Cajamarca (900 quil�metros ao norte de Lima), disse � AFP o arque�logo Juan Pablo Villanueva, no s�bado (26).
"O contexto funer�rio est� intacto. Ele � um dos primeiros sacerdotes dos Andes a ter uma s�rie de oferendas", acrescentou o pesquisador.
O corpo, colocado em posi��o estendida com os membros inferiores semiflexionados, � orientado de sul para norte.
No lado esquerdo do t�mulo, foram depositadas pequenas tigelas esf�ricas de cer�mica, uma esp�tula de osso esculpido e outras oferendas.
Tamb�m foram encontrados dois selos, um com desenhos de uma face antropom�rfica e outro com o rosto de um jaguar.
O corpo e as oferendas foram cobertos propositalmente por pelo menos seis camadas de cinzas e terra, al�m de um buraco circular de tr�s metros de di�metro e um metro de profundidade.
- L�deres poderosos -
"A descoberta � super importante porque � um dos primeiros sacerdotes a come�ar a controlar os templos nos Andes do norte do pa�s", disse � AFP o arque�logo japon�s Yuji Seki, que trabalha neste s�tio h� 18 anos.
Os pesquisadores estimam que o sacerdote viveu por volta do ano 1.000 a.C.
"Temos que corrigir a nossa ideia" porque j� "apareceram l�deres poderosos nos Andes", disse ele.
Em setembro de 2022, o mesmo grupo de arque�logos descobriu o t�mulo do "Sacerdote dos Pututos", com mais de 3.000 anos, juntamente com instrumentos musicais feitos de conchas.
Os pututos ou pututus s�o conchas que os habitantes do Peru antigo faziam soar como trombetas.
O s�tio arqueol�gico de Pacopampa, localizado a 2.500 metros de altitude, se estende por 1,5 quil�metro e � composto por nove edif�cios de pedra esculpida e polida, al�m de escadas.
No mesmo local tamb�m foram encontrados outros t�mulos, como o da 'Dama de Pacopampa', em 2009, e os dos dois 'Sacerdotes da Serpente Jaguar', em 2015. Estima-se que datam de cerca de 700 a 600 a.C.
Arque�logos do Museu de Etnologia do Jap�o e da Universidad Mayor de San Marcos, no Peru, participam das pesquisas em Pacopampa.
LIMA